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BOLSONARO RECEBE LÍDERES DO BRICS A PARTIR DE HOJE PARA REUNIÃO DE CÚPULA DO BLOCO

Redação - 13/11/2019 07:00

O presidente Jair Bolsonaro se reunirá a partir desta quarta-feira (13) em Brasília com os líderes do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A programação da 11ª Cúpula do Brics vai até esta quinta (14) no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. Na pauta da cúpula então temas como futuro do bloco; crise na Venezuela; crise na Bolívia; série de protestos em Hong Kong e na Caxemira; e mudanças climáticas. Bolsonaro também terá reuniões separadas com cada chefe de Estado ou de governo do bloco.

Fundado em 2006 como Bric, o bloco de países emergentes incluiu a África do Sul em 2011 e passou a se chamar Brics. Desde 2009, os líderes do grupo se reúnem anualmente. Além das reuniões dos chefes de Estado e de governo do bloco, Brasília recebeu neste ano o fórum empresarial do Brics, com empresários, investidores e representantes dos países. O governo brasileiro decidiu, contudo, suspender os eventos paralelos à cúpula que, desde 2013, convidavam países de fora do Brics para debates ampliados. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a mudança serviu para “concentrar esforços nos temas internos do bloco”.

O Brasil está na presidência rotativa dos Brics em 2019 e, segundo o Itamaraty, busca deixar a marca de “pragmatismo” no mandato. Passados mais de dez meses, no entanto, os “resultados concretos e perceptíveis como úteis à sociedade” são considerados tímidos por integrantes do governo. Os maiores avanços foram em temas de saúde. Desde janeiro, os cinco países lançaram as bases para uma rede de bancos de leite humano – tema no qual o Brasil é referência mundial. Também há esforços para a pesquisa integrada de diagnósticos e medicamentos de combate à tuberculose.

“O Brics responde por metade dos casos de tuberculose do mundo, até pelo tamanho das populações”, afirmou o secretário de Política Externa Comercial e Econômica do Itamaraty, Norberto Moretti. Em outras áreas definidas como prioritárias pelo Brasil, como o combate ao terrorismo e o fomento à inovação, o mandato deve terminar sem avanços palpáveis. Em 2020, a presidência do Brics será exercida pela Rússia. O Brasil deve aproveitar a cúpula do Brics para tentar enfraquecer o apoio ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela. Dos cinco países do bloco, somente o Brasil reconhece o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, como presidente do país. Essa foi a mesma oposição dos Estados Unidos.

A crise na Bolívia, com a renúncia de Evo Moraes, também deverá ser debatida no encontro.China e Rússia mantinham relações próximas com Evo e já usaram o termo “golpe” em referência aos questionamentos à reeleição dele. Bolsonaro, por exemplo, questionou a reeleição.

Foto: divulgação

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