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72% DAS EMPRESAS FORAM VÍTIMAS DE CRIMES FINANCEIROS

Redação - 13/11/2019 13:55

Com a Organização das Nações Unidas (ONU) estimando que apenas 1% dos recursos de origem criminosa que circulam pelo sistema financeiro internacional anualmente são detectados pelas autoridades policiais, novas abordagens são claramente necessárias. A boa notícia é que a mudança não está apenas no horizonte — ela está chegando a uma velocidade cada vez maior. Avanços significativos na tecnologia, facilitados por inovações como a inteligência artificial (IA), machine learning (ML), computação em nuvem, robótica e a Internet das Coisas (IoT), já são uma realidade. Essas tecnologias estão possibilitando que a inteligência seja obtida a partir de conjuntos de dados amplos e muitas vezes díspares que, juntamente com os avanços acelerados na ciência de dados, estão transformando a abordagem para o compliance, simplificando processos e ajudando a revelar padrões e redes de atividade potencial de crime financeiro, anteriormente ocultas.

O relatório “A inovação e a luta contra o crime financeiro” apresenta a pesquisa que entrevistou 3.138 companhias dos cinco continentes — incluindo Brasil- e levantou números relevantes que reforçam a importância do trabalho no setor. Exemplo disso são os 72% das organizações que admitem estarem cientes dos crimes financeiros nas suas operações globais nos últimos 12 meses, com destaque para fraudes, lavagem de dinheiro, suborno e corrupção, evasão fiscal, roubo, crime cibernético e financiamento ao terrorismo, este último sendo citado por 42% dos entrevistados.

Cerca de 97% dos entrevistados acreditam que a tecnologia pode ajudar significativamente a prevenir crimes financeiros, porém, os regulamentos para a privacidade de dados foram citados como entraves para que isto aconteça por 81% dos executivos. Por outro lado, 86% deles consideram que os benefícios superam os riscos de compartilhar informações ao colaborar contra crimes financeiros.

“Os crimes financeiros provocam danos incalculáveis​ em todo o mundo. Todos os valores provenientes de suborno, corrupção, fraude, narcotráfico e outras formas de crime organizado foram implicados em financiamento do terrorismo, em abusos dos direitos humanos, como escravidão e trabalho infantil, e em crimes ambientais. Isso tem sérios custos econômicos e sociais em termos de perda de receitas para os tesouros nacionais, recursos que poderiam ser investidos no desenvolvimento social”, explica Phil Cotter, Diretor da Unidade de Risco da Refinitiv.

Outro dado importante levantado pela pesquisa é que 51% dos executivos entrevistados afirmaram que mais orçamento será destinado, nos próximos 12 meses, para combater crimes financeiros, sendo a tecnologia a área que mais vai receber investimentos. Este aporte em soluções inovadoras é apontado como um tema crucial entre empresas de todas as regiões. Isto porque 94% dos executivos entrevistados são unânimes em afirmar que a tecnologia que utilizam para detectar crimes financeiros também está aumentando o engajamento dos clientes.

Como uma das empresas líderes globais em soluções para o mercado financeiro, a Refinitiv oferece uma abordagem holística para ajudar as empresas a identificar, mitigar e agir sobre o risco associado ao crime financeiro. Para isso, oferece soluções como o World-Check, fonte de inteligência estruturada sobre indivíduos e organizações de alto risco, que tem apoiado as necessidades de triagem de risco dos maiores bancos e instituições financeiras do mundo, corporações, governo e agências de inteligência – local, regional e globalmente.

Foto: divulgação

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