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‘MEDO DE TER CONTATO NOVAMENTE’, DIZ PROFESSORA INTOXICADA POR ÓLEO EM ITAPUÃ

Redação - 12/11/2019 16:41

A professora Tailane Conceição Santos, 28 anos, foi a primeira pessoa confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com sintomas de intoxicação por petróleo cru em Salvador. A informação foi divulgada nesta terça-feira (12).

Os primeiros sintomas começaram a aparecer na última quarta-feira (6), mesmo dia em que a professora fez uma caminhada pelas areias da praia de Itapuã, usando sandálias, e teve contato com o óleo.

Ao sentir tontura, dor de cabeça, vômito e vermelhidão em algumas partes do corpo, decidiu ir a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

O CORREIO visitou a casa da professora na manhã desta terça (12), em Nova Brasília de Itapuã, para entender como tudo aconteceu.

Com o quadro de intoxicação controlado e os remédios já suspensos, ela contou que já voltou ao trabalho e confessou que está com medo de voltar à praia.

“Vou continuar com minhas caminhadas com minha irmã, mas agora de tênis e longe da areia. Estou me sentindo um pouco melhor, mas ainda me recuperando das dores e do susto. Tenho medo de ter contato com esse óleo novamente. Espero que meu caso tenha repercussão e ajude outras pessoas que tenham tido os mesmos sintomas a procurar um médico logo”, afirmou.

Professora de uma escola de educação infantil particular em Vilas do Atlântico, Tailane mora com os pais e a irmã Tarciane Conceição, 26, com quem todos os dias, antes de ir para o curso de inglês, costuma descer a ladeira da Rua Angélica e ir em direção à praia da Sereia para uma caminhada. Os objetivos, segundo conta, é cuidar da saúde e manter a forma.

Na quarta-feira (6), Tailane levantou às 5h20, mas Tarciane não estava disposta. Sozinha, a professora seguiu o roteiro e, assim que pisou na areia, notou que tinha sujado os dedos dos pés com o petróleo.

Ela iniciou o processo de limpeza ainda no local, sem sucesso, e decidiu voltar para casa imediatamente. Em casa, Tailane correu para o banheiro e lavou os pés com solvente.

A limpeza que Tailane tentou fazer não foi suficiente para eliminar todos os fragmentos grudados nos pés, nem na sola da sandália, que deixou um rastro do óleo pelo chão da casa. Sem notar presença da substância no piso, a professora foi procurar uns óculos dentro de um armário e sentou no chão. Foi quando voltou a sujar o corpo com o material tóxico.

“Fui procurar os óculos do meu pai e sentei no chão. De início, eu não tinha percebido nada, mas, logo depois comecei a sentir uma coceira e foi aí que vi que estava sentada num local sujo de óleo”, relatou Tailane.

*Foto: Reprodução-  Mauro Akin Nassor

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