Os deputados estaduais baianos Talita Oliveira e Capitão Alden, ambos do PSL, sairão do partido caso seja confirmada a informação de que o presidente Jair Bolsonaro fundará uma nova agremiação. Nos bastidores, corre a informação de que o gestor federal anunciará nos próximos dias a criação de um novo partido e o começo da coleta de assinaturas em todo o país para tanto. A legenda já tem nome: Aliança pelo Brasil.
O objetivo de Bolsonaro seria “juntar 100 deputados” de diversas siglas, nas palavras de um aliado do presidente para a revista “Época”. Ele espera atrair integrantes de PSL, Novo, DEM, PP, PTB, PL, Podemos e até do PSDB, recorrentemente criticado pelo presidente. “Eu sou governo federal. Nada foi oficializado, é especulação ainda. Mas sou governo e vou acompanhar o presidente na decisão que ele tomar”, declarou Talita Oliviera, para a reportagem. Alden seguiu na mesma linha. “As informações divulgadas pela imprensa, não oficiais, dão conta da possível saída dele. Isso não é novo. O nosso entendimento até então é acompanhar o presidente aonde quer que ele vá. Entendo que inicialmente ele vai ficar sem partido”, declarou.
Vale lembrar que os dois parlamentares só poderão, em tese, mudar de legenda na próxima janela eleitoral, prevista para o próximo ano. “Ainda não houve uma orientação oficial do partido. Por enquanto, tenho que permanecer no partido em função de uma questão legal”.
O único entrave à criação da nova legenda é o reconhecimento de assinaturas digitais. Se o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reconhecer as assinaturas, o partido, que irá abrigar Bolsonaro e os filhos, conseguirá recolher as assinaturas necessárias para ser criado até março de 2020, o que o possibilitaria de disputar as Eleições municipais do ano que vem. A equipe jurídica que auxilia o presidente pretende lançar um aplicativo para que a coleta de assinaturas aconteça de forma mais célere.
Bolsonaro tomou a decisão de sair do PSL na semana passada, depois de avaliar que é inviável permanecer no partido comandado por Luciano Bivar. A criação de um novo partido permitiria que os integrantes do PSL e de quaisquer outros partidos que quisessem migrar o façam sem perder o fundo partidário e o tempo de TV a que têm direito. De acordo com a Justiça Eleitoral, são necessárias 500 mil assinaturas, coletadas em nove estados, para que a criação de um novo partido comece a ser analisada pelo TSE.(TB)
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