O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas caiu 1,3 ponto em outubro, para 85,8 pontos, menor nível desde maio deste ano e abaixo da média histórica do período iniciado em junho de 2008 (de 86,9 pontos). Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 0,4 ponto, para 86,6 pontos, após duas altas consecutivas.
“Depois de tímidos avanços nos meses anteriores, o indicador voltou ao patamar de maio, reforçando a dificuldade de se obter uma reação mais robusta no mercado de trabalho. Para os próximos meses, é possível que o indicador retorne ao caminho ascendente, mas ainda não há uma perspectiva de melhora mais expressiva” afirma Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,1 ponto em outubro, para 93,0 pontos. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. O nível médio histórico deste indicador (desde 2005) é de 84,2 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador subiu 0,2 ponto, após recuar nos três meses anteriores.
“A combinação da virtual estabilidade registrada em outubro e a persistência do ICD em patamar elevado, reforça a percepção de que a redução da taxa de desemprego continua ocorrendo de forma lenta e gradual “, continua Rodolpho Tobler. Em outubro, cinco dos sete indicadores contribuíram negativamente para o resultado do IAEmp, com destaque para o Emprego Previsto na Indústria, que caiu 4,0 pontos.
No mesmo período, o tímido aumento do ICD foi influenciado por três das quatro classes de renda familiar: as duas mais baixas, com renda mensal até R$ 2.100.00 e entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00 e; pela mais alta, com renda mensal acima de R$ 9.600.00, com variações de 0,3 pt; 0,2 pt e 0,5 pt, respectivamente.
Foto: divulgação