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PRESIDENTE DA ANCINE É AFASTADO PELA JUSTIÇA APÓS NOVA DENÚNCIA

Redação - 07/11/2019 16:30

Diretor-presidente da Ancine, Christian de Castro foi afastado do cargo por determinação da 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. O afastamento acontece após o Ministério Público Federal apresentar a terceira denúncia contra ele em dois meses. O órgão agora o acusa pelos crimes de falsidade ideológica e estelionato em concurso material devido a supostas declarações falsas a respeito de vínculos societários que ele teria fornecido à Ancine e à Comissão de Ética Pública da Presidência da República. As informações são da Folha de S. Paulo. Somadas a elas estão acusações de que Castro teria intermediado interesses da BSB Cinema junto ao órgão que regula a atividade audiovisual, supostamente favorecendo a empresa em projeto referente ao filme “Cano Serrado”, que tem direção de seu irmão, Erik de Castro. O presidente da Ancine teria, ainda segundo a acusação, omitido sua participação ativa na gestão da sociedade BSB Cinema Produções.

Castro nega as acusações. “A defesa de Christian de Castro Oliveira informa que todos os fatos serão esclarecidos perante a Justiça, não procedendo a acusação formulada pelo MPF”, disse o advogado Tiago Lins e Silva. A denúncia ainda aponta envolvimento de seu assessor direto e sócio, Ricardo Alves Vieira Martins. O presidente da Ancine também é acusado pelo MPF de ter fornecido informações falsas à Comissão de Ética Pública da Presidência da República. No documento em questão ele teria supostamente afirmado que ​não integrava mais a sociedade e a gerência das empresas Zooks Consultoria e Comunicação e T6 Participações e Investimentos ao assumir a presidência na agência do audiovisual.

No período, porém, a acusação sustenta que Castro ainda exercia atividades de administrador, em paralelo ao cargo na Ancine, obtendo vantagem ilícita e recebendo dividendos e lucros (como empresário) e vencimentos (como agente público) por atividades incompatíveis. No caso do crime de advocacia administrativa, Castro e Martins teriam defendido oito vezes, perante a Ancine, os interesses da BSB Cinema em relação às verbas de “Cano Serrado”. O MPF também pede que a Justiça decrete a indisponibilidade dos bens de Castro, além do seu afastamento do cargo e de funções públicas.

Foto: Zanone Fraissat/Folhapress

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