O ministro da Economia , Paulo Guedes , atribuiu o resultado abaixo do esperado do megaleilão da cessão onerosa do pré-sal às dificuldades impostas pelo regime de partilha, modelo de licitação criado durante o governo do PT. Segundo ele, o baixo interesse de empresas estrangeiras — as áreas leiloadas foram levadas pela Petrobras — é uma mensagem de que o regime precisa mudar. Nesta quinta-feira, das cinco áreas ofertadas, na 6ª Rodada de Partilha, apenas uma foi arrematada , a de Aram, na Bacia de Santos. Quem a levou foi a Petrobras, em parceria com a chinesa CNODC. Não houve propostas pelas demais.
“Estou apavorado é com o seguinte: os 17 gigantes mundiais não compareceram. Não vieram. A Petrobras levou sem ágio. Pagou zereta. Sumiu todo mundo da sala. Ficou só ela lá com o cartãozinho e disse: ‘Eu levo’. O que isso quer dizer? Que nós sabemos nos apropriar dos nossos recursos ou que nós não entendemos até agora a principal mensagem? É o seguinte: ‘Olha, vocês são muito complicados’”, disse o ministro nesta quinta-feira, durante evento no Tribunal de Contas da União (TCU). “Tivemos uma dificuldade enorme para, no final, vender de nós para nós mesmos”.
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