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BAHIA TEM MAIOR PARTICIPAÇÃO DE PRETOS OU PARDOS ENTRE OS MAIS RICOS DO PAÍS

Redação - 06/11/2019 11:00

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, em 2018, os baianos que se declaravam de cor preta ou parda eram pouco mais de 7 de cada 10 entre aqueles com maior renda no estado. Representavam 73,5% dos que tinham os 10% maiores rendimentos domiciliares per capita. O que significa que eram 509 mil das 692 mil pessoas que formavam o grupo dos que tinham renda domiciliar per capita média de R$ 3.588, no estado.

O rendimento domiciliar per capita é a soma de todos os rendimentos do domicílio (salários e outras fontes) dividida pelo número total de moradores. É uma medida da qualidade de vida e da condição socioeconômica. A participação dos pretos ou pardos entre aqueles com maior renda domiciliar per capita na Bahia (73,5%) aumentou em relação a 2017, quando havia sido de 63,3%, atingindo, em 2018, o maior patamar desde 2012, ano em que se iniciou a série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).

Era também a participação mais elevada entre os estados e quase o triplo da verificada, em média, no país. No Brasil, em 2018, os pretos ou pardos eram 27,7% das pessoas com os 10% maiores rendimentos domiciliares per capita. Apesar de terem aumentado sua presença entre os mais ricos, os pretos ou pardos baianos ainda eram sub-representados nesse grupo, ou seja, tinham uma participação (73,5%) menor do que na população total (81,1%). Essa sub-representação era uma realidade em todos os estados brasileiros e no país como um todo.

Na Bahia, porém, a diferença entre a participação dos pretos ou pardos no total da população (81,1%) e no grupo dos mais ricos (73,5%) caiu a seu mais baixo nível desde 2012 e também era, em 2018, a menor do Brasil (-7,6 pontos percentuais). No país, a participação dos pretos ou pardos na população geral (55,8%) era o dobro da participação deles entre os 10% com maiores rendimentos domiciliares per capita (27,7%), ainda que essa diferença também tenha se reduzido e chegado ao menor nível em 2018. Em 2018, informalidade no mercado de trabalho foi recorde em Salvador (40,3%) e a maior na Bahia desde 2013 (56,7%)

Foto: divulgação

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