Por João Paulo Almeida
A Petrobras e 12 entidades sindicais assinaram nesta segunda-feira o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2019-2020, informou a companhia em um comunicado, após uma longa negociação iniciada em maio com os petroleiros. O acordo, resultante do processo de mediação solicitado pela companhia junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), é retroativo a 1º de setembro e tem vigência até 31 de agosto de 2020.
A empresa destacou que os empregados dessas 12 bases —que reúnem a maioria do efetivo de pessoal da companhia— receberão os valores retroativos, com a aplicação de reajuste de 2,3% (70% do INPC) nos salários, em 13 de novembro. Assinaram o acordo os sindicatos de Duque de Caxias, Norte Fluminense, Bahia, Minas Gerais, Ceará/Piauí, Amazonas, Paraná/Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Pernambuco/Paraíba e Unificado de São Paulo.
Em contato com o portal Bahia Econômica, o diretor do sindicato dos Petroleiros do Estado da Bahia, Radiovaldo Costa, explicou que o acordo foi aceito pela categoria após debate com o patronato da empresa. Porém, o diretor também explicou que a categoria está organizando uma nova pauta de reunião com a estatal para debater o plano de demissão voluntária que a empresa está passando depois que anunciou sua privatização em alguns campus.
“Hoje só na Bahia a Petrobrás tem quatro mil empregos diretos e 13 mil empregos indiretos apenas no seu campo de terceirizados. Dentro desse contexto estamos iniciando no inicio de novembro uma ata de reuniões com o a empresa para tratar desse ponto. Os sindicatos do Brasil inteiro estão unidos nessa pauta. Por isso, caso não haja uma negociação satisfatória vamos entrar em greve”, explicou .
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