Mesmo dando sinais de proximidade política os Estados Unidos manteve ontem o veto a carne bovina brasileira. Já são dois anos de fecharem do mercado norte americano ao produto brasileiro. A manutenção do veto frustrou o governo brasileiro, que esperava o fim do embargo ainda este ano. O fim da restrição à carne bovina brasileira foi pedido pelo presidente Jair Bolsonaro, em março último, durante um encontro, em Washington, com o presidente Donald Trump.
Meses depois, uma missão de técnicos americanos visitou frigoríficos brasileiros, mas eles não ficaram satisfeitos com os resultados e pediram informações adicionais. Uma nova missão virá ao Brasil. Para fontes envolvidas no assunto, as justificativas do governo americano não têm sustentação. Isso porque o embargo foi decidido por razões estéticas, e não sanitárias.
A postergação indica que não há vontade política dos EUA de liberarem as exportações brasileiras. Quando a carne bovina brasileira foi vetada, os americanos apontaram abcessos no produto, causados pela vacinação de febre aftosa no rebanho. O governo brasileiro decidiu reduzir a dose da vacina e retirar substâncias que provocavam as reações na carne do animal. “Não há nenhuma indicação de que eles tenham vetado. O relatório diz apenas que existem algumas inconformidades que não são difíceis de serem respondidas. O que causou frustração é que os EUA vão enviar uma nova missão, o que indica que eles podem estar enrolando a gente”, disse uma graduada fonte do governo.
Foto: Alan Santos/PR