Para criar um novo partido político a tempo das eleições municipais de 2020, quando pretende lançar candidaturas alinhadas ao seu governo nas principais cidades do Brasil, o presidente Jair Bolsonaro precisaria cumprir uma série de exigências em prazo recorde — e num período muito inferior ao enfrentado por outras novas siglas.
Segundo O Globo, estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que os quatro partidos com pedido de registro protocolado na Corte, a última etapa do processo de criação, começaram sua jornada há pelo menos três anos. O presidente afirmou, no fim de semana, que tem “80% de chance” de sair do PSL e criar um novo partido.
O PSD, partido criado pelo então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, em 2011, por exemplo, levou cerca de sete meses para ser homologado pelo TSE após iniciar o processo de criação. O advogado eleitoral Admar Gonzaga, que tem aconselhado Bolsonaro sobre a mudança de legenda, atuou na fundação do PSD. Mesmo que conseguisse repetir a celeridade na criação da nova sigla, não haveria tempo para participar das eleições de 2020. Para disputar o pleito, o partido deve estar homologado no TSE até abril.
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil