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ESCOLA TEM SUPERLOTAÇÃO E ALUNOS ESTUDAM NO CHÃO

Redação - 04/11/2019 11:39

Parte dos alunos da Escola Municipal Ginásio Medalhista Olímpica Mayra Aguiar da Silva e da Escola Municipal Augusto Vasconcelos, ambas em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, estão estudando no chão. O problema acontece porque não há mesas e cadeiras suficientes para todos os estudantes.

A situação começou na última quarta-feira (30), após a escola Mayra Aguiar da Silva receber todos estudantes – cerca de 600, segundo pais de alunos –da escola Augusto Vasconcelos, que foi interditada devido ao grande número de rachaduras em sua estrutura.

As escolas ficam a alguns metros de distância uma da outra. Entretanto, a escola Mayra Aguiar da Silva, inaugurada em 2016, não tem estrutura física para comportar os novos alunos.

De acordo com relatos de pais de alunos, número de salas de aulas e banheiros existentes não são suficientes para a quantidade de estudantes que frequentam o local. Eles também contaram que os professores estão reclamando e não estão de acordo com a forma como as aulas estão acontecendo.

Ainda segundo os pais dos estudantes, funcionários da limpeza também não estão conseguindo manter a unidade escolar limpa devido ao grande número de pessoas no local. Os estudantes são “obrigados” a se sentarem no chão sujo para conseguirem escrever no caderno.

Uma das alunas da escola fez uma foto do momento em que um grupo estava sentado no chão para conseguir escrever no caderno.

Segundo ela, o registro foi feito durante a aula de educação física. O professor teria dito aos alunos que não achava justo dar aula daquela forma e sugeriu que os estudantes corressem atrás para resolver o problema.

Diante da situação, o clima é de preocupação entre pais e alunos.

“Para mim, foi uma indignação, foi constrangedor. Minha filha em um colégio novo, bem estruturado mas pra trazer essa quantidade de aluno nessas condições”, afirmou Delson Rodrigues, pai de uma aluna.

“Meu medo é prejudicar o andamento de quem já está quase terminando, que é o nono ano. Devido a essa quantidade de alunos que vão chegar no colégio, eu acho que pode prejudicar. A estrutura do colégio, para receber essa quantidade de aluno, não tem condições”, relatou Delson Rodrigues.

Além da questão estrutural, alunos e responsáveis dizem ainda que, por conta da situação, os estudantes estão tendo apenas três horas de aula por dia.

“Ninguém está falando dos diretores, nós estamos reivindicando essa situação d éter essa aula de três horas e meia, de ter essa mistura de criança, de como vai ficar a estrutura da escola”, disse a mãe de uma das alunas.

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