As operadoras de telecomunicações Oi, Vivo e Tim manifestaram esta semana seu desejo de que o leilão da internet de quinta geração (5G) ocorra só mais adiante. O certame, que será realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), estava originalmente previsto para março de 2020, mas a data exata ainda não foi definida pelo órgão regulador, e as empresas já contam com um atraso.
Sob a ótica da Oi, uma eventual postergação ajudaria as empresas a tomarem fôlego após os investimentos feitos nas redes de 4G. Já Vivo e Tim disseram que é preferível que o leilão demore um pouco mais se isso resultar em regras mais favoráveis para o setor.
“Existe a expectativa do leilão acontecer na segunda metade de 2020, é possível. Mas nada impediria que ele acontecesse em 2021”, declarou Rodrigo Abreu, presidente executivo da Oi, durante feira do setor. “É óbvio que se for para frente, melhor. De fato, o País ainda está no suspiro do investimento feito nas redes de 4G e 4.5G”, justificou na última quinta-feira (31).
Na quarta-feira (30), o presidente da Telefônica Brasil, Christian Gebara disse preferir que o leilão de 5G ocorra mais tarde, porém com as regras corretas, em vez de sair no curto prazo e com regras desfavoráveis.
A Anatel deve publicar nas próximas semanas a consulta pública para o edital do leilão. O secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Julio Semeghini (PSDB-SP), reiterou que a intenção do governo é realizar o certame o mais rápido possível, em 2020, mas não se comprometeu com datas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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