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REPUBLICANOS RECLAMAM DE DESATENÇÃO DO THOMÉ DE SOUZA

Redação - 01/11/2019 14:45

A leitura dentro do Republicanos (antigo PRB) é que o Palácio Thomé de Souza tem sido desatento com o partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Na avaliação de um integrante da sigla ouvido pela Tribuna, outras legendas têm tido mais prioridade pela cúpula da prefeitura no debate sobre a sucessão de ACM Neto (DEM) em 2020 do que o Republicanos. Dentro da agremiação partidária, evita-se falar em rompimento com o grupo do democrata, mas afirma-se que a aliança pode “minguar” se não houver maior atenção.

O entendimento é de que o PDT – partido que hoje integra a base do governador Rui Costa (PT) –, por exemplo, tem tido mais espaço na discussão eleitoral do que o Republicanos. O secretário municipal de Saúde (SMS), Leo Prates (DEM), tem se movimentado para se filiar ao PDT e tentar ser o candidato de ACM Neto ao Thomé de Souza. Por causa disto, ACM Neto tem se reunido e conversado com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. O que tem incomodado os republicanos.

O mesmo membro disse a Tribuna, em conversa reservada, que o Republicanos “não pode ser tratado de qualquer jeito” e tem que ter “cuidado” para evitar que a legenda “se sinta preterida”. Em uma recente reunião do partido, o presidente da sigla na Bahia, o deputado federal Marcio Marinho, saiu dizendo que quer um encontro com o prefeito para tratar do assunto. Em 2016, quando ACM Neto brigou pela reeleição, a sigla ameaçou romper com a base. A então presidente da agremiação, Tia Eron, se reuniu com o governador Rui Costa (PT) em tentativa de demonstrar possível migração de lado. Na época, a legenda bateu o pé e queria indicar João Roma para ser o vice, mas depois recuou e aceitou que Bruno Reis (na época MDB e hoje DEM) assumisse o posto. “Ele (Neto) de fato, além de nos pedir, ele praticamente nos implorou (para não lançar um nome e se manter no grupo)”, disse na época Tia Eron.

Sem coligação na eleição proporcional, todos os partidos avaliam lançar candidato à majoritária para ter o chamado “voto de legenda” e, com a medida, eleger vereadores. Entre as siglas, está o Republicanos. Em Salvador, a sigla estuda os nomes dos deputados federais João Roma e Marcio Marinho. Ao jornal Valor Econômico, o presidente nacional do Republicanos e primeiro vice-presidente da Câmara, deputado Marcos Pereira (SP), afirmou que a meta é eleger 10% dos prefeitos do país. Hoje a sigla administra 106 cidades, sendo o Rio de Janeiro o de maior visibilidade, e mantém 1,2 mil representantes nas câmaras municipais. Para evitar que a legenda lance candidatura na capital baiana, a avaliação é de que só tem uma saída: a prefeitura vitaminar o Republicanos com quadros fortes para que o partido mantenha a bancada de três vereadores (Rogéria Santos, Ireuda Silva e Luiz Carlos). Também se especula a possibilidade de o partido compor a vice de Bruno Reis na disputa pela prefeitura, sendo que o nome de Ireuda tem sido o mais especulado para ocupar o posto.(tb)

Foto: divulgação

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