A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou hoje (31) um conjunto de orientações sobre os riscos do contato com as manchas de óleo que chegaram às praias do Nordeste e formas de lidar com elas para quem entrou em contato com a substância.
As recomendações visam contribuir para evitar problemas de saúde relacionados à pele, uma vez que milhares de voluntários estão atuando nas praias no apoio às ações de retirada das manchas de óleo, que já atingiram até agora mais de 260 localidades, segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Recomendações médicas
Pessoas com dúvida sobre o tema podem recorrer ao Centro de Informações Toxicológicas do Ministério da Saúde, pelo telefone 0800 722 6001. Veja abaixo as recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia:
Como se preparar para atuar na limpeza das praias?
Se houver a necessidade de contato com o óleo derramado nas praias, utilize equipamentos de proteção, como óculos, luvas e roupas que cobrem membros superiores e inferiores (mangas compridas e calças).
As luvas mais apropriadas são as de nitrila – ao invés das de borracha – , pois apresentam melhor proteção contra óleos, graxas e petróleo. A lavagem imediata após o contato é importante, embora nessas situações nem sempre seja possível.
E se a pele entrar em contato com o óleo cru?
Caso, mesmo com uso de roupas adequadas, ocorra o contato com a pele ela deve ser lavada com água e sabão.
A aplicação de óleos para bebês, geleia de vaselina ou até mesmo pastas utilizadas por metalúrgicos para remover óleos e graxas facilita a remoção dos resquícios de óleo.
Após a remoção, a aplicação de cremes ou loções hidratantes é importante para melhorar as condições da pele.
Não tente retirar o óleo com o uso de solventes (aguarrás, thinner, óleo diesel, querosene ou gasolina). O efeito do contato com esses produtos aumenta o processo irritativo, piorando a dermatite de contato.
Quais ações de prevenção?
Evite o contato direto com o óleo, especialmente gestantes e crianças.
Observe as orientações da vigilância sanitária para o consumo de alimentos, como peixes e mariscos, provenientes das áreas afetadas.
Não inale vapores gerados pelo óleo.
Use protetor solar de amplo espectro, com FPS de no mínimo 30.
Em caso de contato com óleo cru, quais os sintomas?
Na fase aguda as reações mais comuns são:
Sintomas respiratórios, como: irritação e dor de garganta, tosse, respiração mais difícil e coriza
Irritação e dor nos olhos, coceira e olhos vermelhos
Dor de cabeça
Pele irritada e vermelha
Náusea
Tonturas
Fadiga
Ferimentos e traumas
*Foto: Reprodução| Reuters- Diego Nigro
*Fonte: Agência Brasil