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CASO MARIELLE: BOLSONARO DIZ QUE PORTEIRO É QUEM MENOS TEM CULPA POR CITAÇÃO NO CASO

Redação - 31/10/2019 08:55

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou em postagem nas redes sociais nesta quarta-feira (30) que o porteiro do condomínio onde tem casa no Rio de Janeiro é “aquele que tem menos culpa nesse crime” -a citação de seu nome no caso Marielle Franco (PSOL).

Reportagem do Jornal Nacional de terça-feira (29) apontou que um porteiro (cujo nome não foi revelado) disse à Polícia Civil que, no dia do assassinato da vereadora, Élcio Queiroz, ex-policial militar suspeito de envolvimento no crime, afirmou na portaria do condomínio que iria à casa de Bolsonaro, na época deputado federal.

Marielle e o motorista Anderson Gomes foram mortos no dia 14 de março de 2018. A versão foi refutada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que afirmou que a versão apresentada no depoimento não corresponde aos fatos apurados durante a investigação.

No post, Bolsonaro publicou uma foto de um despacho da Advocacia-Geral da União pedindo à Procuradoria-Geral da República que apure a divulgação de informações no inquérito sobre a morte de Marielle.
No documento, o ministro André Mendonça destacou que houve vazamento em investigação sob segredo de Justiça, “com possível envolvimento de agentes públicos neste ilícito”, o que caracterizaria improbidade administrativa.

O ofício fala ainda em ofensa à Lei de Segurança Nacional, que pune com reclusão de um a quatro anos os crimes de calúnia e difamação da figura do presidente da República. O documento é endereçado ao ministro da Justiça, Sergio Moro, para sua ciência.

Na postagem, Bolsonaro disse que o porteiro é quem menos tem culpa “nesse novo crime”, em referência ao vazamento e a uma possível infração à Lei de Segurança Nacional. Ele também afirmou que “muitas autoridades tiveram acesso a um processo que corria em segredo de Justiça”.

“Com áudios da portaria nas mãos, os responsáveis pela investigação não poderiam citar o então deputado Jair Bolsonaro como possível mandante do crime”, escreveu.

No dia do assassinato de Marielle, Bolsonaro estava em Brasília, segundo a lista de presença da Câmara dos Deputados.

Na postagem, Bolsonaro afirmou que “querer responsabilizar o porteiro” como único culpado em uma nova investigação em curso, sobre a informação falsa, “não é justo”. “Por ser uma pessoa humilde pode ter sido induzido a assinar o depoimento”, escreveu. “Muitas autoridades tiveram acesso a um processo que corria em segredo de Justiça.”

*Foto: Reprodução| Agência Brasil

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