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COPOM REDUZ TAXA BÁSICA DE JUROS A 5% AO ANO

Redação - 30/10/2019 18:45 - Atualizado 30/10/2019

Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) cortou em 0,5 ponto percentual (p.p.) — de 5,5% para 5% ao ano — a Selic (taxa básica da economia) nesta quarta-feira (29). Essa é a terceira queda seguida desde o início do ciclo de afrouxamento monetário iniciado pelo BC em julho. Com a redução, em linha com o grosso das expectativas de mercado, a taxa renova seu nível mínimo histórico. O Comitê sinaliza que haverá mais um corte de meio ponto na última reunião do ano, no dia 11 de dezembro, dizendo que “avalia que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir um ajuste adicional, de igual magnitude”. O desemprego ainda alto no país e a lenta recuperação da economia são os principais motivos da sequência de quedas na Selic.

“No cenário externo, a provisão de estímulos monetários adicionais nas principais economias, em contexto de desaceleração econômica e de inflação abaixo das metas, tem sido capaz de produzir ambiente relativamente favorável para economias emergentes. Entretanto, o cenário segue incerto e os riscos associados a uma desaceleração mais intensa da economia global permanecem”, diz o comunicado. O ciclo de queda na Selic só é possível, no entanto, por conta da inflação controlada e da agenda de reformas avançando, com a aprovação da reforma da Previdência em segundo turno pelo Senado, e projetos de leis em preparação pelo governo para dar mais folga ao orçamento público.

O IPCA, índice usado para medir a inflação oficial no país acumula 2,89% em 12 meses. O valor é bem abaixo da meta de 4,25% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, com com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Já o Produto Interno Bruto (PIB) tem alta de 1% em um ano até o segundo trimestre, semelhante ao resultado dos dois últimos anos. Sobre o desemprego recou para 11,8% em agosto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O país ainda tem, no entanto, mas de 12 milhões de desempregados.

Foto: Imagem: Fátima Meira/Futura Press/Folhapress

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