Após quase dois meses, não há mais manchas de óleo nas praias do Nordeste, mas, apenas “pelotas” residuais, informou a Marinha neste sábado, 26. O petróleo que vazou na costa brasileira agora atinge os mangues. O governo decidiu transferir para a sede do Ministério da Defesa, em Brasília, a estrutura de monitoramento da situação que estava concentrada no Nordeste.
“Neste momento, não há registro de óleo em praias no Nordeste. Há registro de óleo em mangues, mas, em praias, elas estão limpas”, afirmou o comandante de Operações Navais da Marinha, almirante Leonardo Puntel. “Ainda existem pelotas de óleo no mar, não são grandes manchas como estavam acontecendo, mas, sim, pequenos pedaços ou pingos que na maré alta vão para a praia e na maré baixa a gente recolhe”, disse Puntel em coletiva de imprensa no Ministério da Defesa neste sábado.
É difícil dizer, pontuou o comandante, se o pior já passou, mas a situação atualmente é menos alarmante que há uma semana, declarou. Ele afirmou que o óleo, antes de chegar às praias, fica submerso no mar, e não na superfície, não sendo identificado a olho nu ou por radares, o que torna impossível uma avaliação se há mais petróleo vazado para chegar ao litoral.
A coordenadora de Emergências Ambientais do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Fernanda Pirillo, afirmou que os vestígios de óleo encontrados neste sábado estavam na maioria em Pernambuco e Bahia. “Ainda há óleo residencial, não há mais chegada de óleo novo. As grandes manchas já não têm sido visualizadas, porém, em algumas praias ainda há vestígios de óleo”, disse.