O governo federal decidiu criar um site para divulgar informações sobre o desastre com petróleo cru no litoral do Nordeste do País. O endereço https://www.gov.br/manchanolitoral traz dados sobre as ações do governo sobre o caso, resultados de ações, equipes envolvidas e possíveis causas do derramamento.
Internamente, a avaliação do governo é que a área de comunicação sobre a tragédia está desarticulada e precisa centralizar as divulgações. Na prática, todos os dados incluídos no portal já são de conhecimento público. O governo afirma que começou a agir no dia 2 de setembro, dois dias após o surgimento das primeiras manchas de óleo. O Ibama e a Marinha, de fato, mobilizaram equipes para apurar o que ocorria naquela data. Mas o Ministério do Meio Ambiente levou 41 dias para fazer a primeira formalização referente ao Plano Nacional de Contingência do governo federal.
Esse plano foi criado em 2013, justamente para lidar com situações de emergência como a do vazamento de petróleo que suja todo o Nordeste brasileiro. Por lei, o responsável por acionar o plano é o ministro do Meio Ambiente. Ele é o coordenador do comitê executivo. Ao Estado, no dia 18 de outubro, Salles disse que o plano foi, sim, acionado desde o início de setembro e que todas as medidas previstas foram colocadas em andamento.
O monitoramento do Ibama aponta que as manchas de óleo já foram encontradas em 2,5 mil quilômetros da costa brasileira. Mais de 120 praias já foram atingidas, em uma faixa que envolve todo o litoral.
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