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CRISE NO CHILE FEZ GOVERNO BOLSONARO REPENSAR SOBRE CAPITALIZAÇÃO

Redação - 25/10/2019 09:00

A crise no Chile fez com que a equipe econômica do governo brasileiro recuasse, de forma momentânea, da ideia de propor uma lei para o país adotar o sistema de capitalização da Previdência. A medida, idealizada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, aguarda a conclusão da tramitação da reforma da Previdência no Congresso para avaliar a possibilidade de persistir no debate sobre a criação do regime em que cada trabalhador contribui para a própria aposentadoria. As informações são da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo.

A discussão já encontrava resistência no Congresso e não era vista com bons olhos pelos parlamentares. Com os distúrbios no Chile, país que inspira a ideia, a situação piorou. Nos últimos dias, 18 pessoas morreram em protestos contra o sistema político do país. Os protestos no Chile começaram na última sexta-feira (18) depois do aumento do preço das passagens do metrô de Santiago – medida já suspensa pelo governo.

Desde então, a população incluiu outras demandas sociais nas manifestações. Por quatro noites consecutivas, as Forças Armadas decretaram toque de recolher. Na avaliação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está na Inglaterra, ao ser questionado se o Brasil também poderia passar por uma situação semelhante à chilena, não há risco.

“Eu expliquei que a reforma da Previdência, no Chile, foi feita na ditadura e as consequências estão aí. No Brasil, tudo foi feito em um ambiente democrático”, declarou. Segundo o democrata, a capitalização da ditadura chilena “foi feita sem proteção ao cidadão. O aposentado recebe 30% do que ganhava quando trabalhava. Nos países desenvolvidos, o valor chega a 60%”.

Foto: divulgação governo federal

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