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OTTO ALENCAR NEGA QUE ESTEJA TENDO ATRITO COM JOÃO LEÃO

Redação - 18/10/2019 09:16

O senador Otto Alencar (PSD) já imaginava qual seria o desfecho da crise interna do PSL. O baiano afirmou que a agora ex-líder de governo no Congresso Nacional, pela qual diz ter boa relação, já vinha dando sinais de “saturação” com o posto ao ficar no meio do fogo cruzado das crises criadas pelo Palácio do Planalto. “Já há algum tempo a gente observava na Câmara dos Deputados uma desarmonia muito grande dentro do partido. E isso vinha se agravando”, revela à Tribuna.

“Há alguns dias vinha conversando com a Joice, me dou muito bem com ela, e ela dizia que já estava numa posição de saturação de tanto trabalhar para apagar incêndio dentro do próprio partido. Nessa briga interna dentro do partido, o presidente do partido não se entendia com o presidente da República e nem com os filhos do presidente. E agora, o Luciano Bivar e outros tantos que são seguidores dele acharam que o Bolsonaro usou o ministro Sérgio Moro e a Polícia Federal para fazer aquele constrangimento de busca e apreensão nos endereços de Luciano Bivar. Diante disso, fazendo uma análise de fora do partido, culminou nessa disputa por lideranças. Isso reflete o que é o governo. Em nove meses gestando crises, uma atrás da outra”.

Segundo Otto, o governo Bolsonaro é “confuso” e “inseguro”. “Essa situação é muito grave. […] Apesar de tudo isso, o Congresso está aprovando as coisas”, avalia. O senador comentou também a notícia, divulgada pela revista Época na noite de ontem, dando conta no recuo de Bolsonaro em indicar o filho, Eduardo, para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. “Ele percebeu que seria difícil ele passar. Se ele perdesse, ficaria muito mal para ele. Se ele tomou a decisão, espero que sim, espero que nesses nove meses tenha tido um ato de lucidez em não indicar o Eduardo”.

O pessedista também faz uma análise sobre a força que o presidente tem no Congresso, sobretudo diante das crises nos últimos dias. “Depende da pauta. Se a pauta for de interesse do país, não. Se for de interesse pessoal dele, nem força tem, que é o caso da indicação do filho dele [para a embaixada dos Estados Unidos]. Tanto é que ele não teve apoio e não mandou o nome do filho. Tem que separar o que é coisa de interesse pessoal dele e do grupo político dele”.(TB)

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