O líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (GO), orientou a bancada a obstruir a votação da medida provisória do governo que estabelece mudanças na estrutura dos ministérios, mas 45 deputados do partido presentes à sessão votaram a favor da MP. O PSL vive uma crise interna desde que o presidente Jair Bolsonaro, filiado à legenda, deflagrou um confronto político com o presidente do partido, deputado Luciano Bivar (PE). Em razão do conflito, parlamentares do PSL fieis a Bolsonaro ameaçaram deixar o partido.
Na sessão da Câmara desta terça, a oposição tentou evitar a votação da MP por meio da obstrução e apresentou um pedido de adiamento. Primeiro, o PSL orientou contra o adiamento, por meio da deputada Chris Tonietto (PSL-RJ). Depois, a deputada, ainda pelo partido, pediu a chamada “verificação de votação”, ou seja para que, na prática, fosse realizada uma votação nominal do pedido (com registro eletrônico da votação). Logo depois desse pedido, o líder do PSL, delegado Waldir (GO), mudou a orientação para obstrução.
Na votação de um segundo requerimento, também de adiamento da votação, o líder da sigla voltou a orientar pela obstrução. E afirmou: “Alteraram sem a presença do líder. Eu peço a Vossa Excelência [Rodrigo Maia, que presidia a sessão] que não permita alteração sem a presença do líder”. Ainda durante a votação, o partido voltou a pedir nova verificação de presença, quando foi analisada a admissibilidade da medida provisória (se poderia ser considerada urgente e relevante). Na votação do texto-base, no entanto, os 45 deputados do PSL que votaram se posicionaram a favor do texto.
Foto: divulgação