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CANONIZAÇÃO DE IRMÃ DULCE DEVE IMPULSIONAR TURISMO RELIGIOSO

Redação - 11/10/2019 10:32 - Atualizado 11/10/2019

São 5 milhões de pessoas por ano que visitam a Bahia em nome da fé. E Salvador é o principal destino de toda essa gente, principalmente agora, com a canonização da primeira santa brasileira, Irmã Dulce, que acontece neste domingo (13), no Vaticano, e os investimentos feitos pela Prefeitura no segmento, sendo o mais recente deles a conclusão da requalificação da Colina Sagrada, entregue no último dia 4.

Contando que cada um desses 5 milhões de turistas permaneçam ao menos dois dias em destinos sagrados, a movimentação econômica do turismo religioso gira em torno de R$1,8 bilhão na Bahia. Isso porque cada turista gasta em média R$182 por dia.

Dois dos mais importantes pontos frequentados por este tipo de turista são o Memorial Irmã Dulce, no Largo de Roma, e a Basílica do Senhor do Bonfim, na Colina Sagrada. Por isso, a Prefeitura está implantando o Caminho da Fé, um conjunto de intervenções urbanísticas que irá ligar esses dois pontos da Cidade Baixa através da requalificação total da Avenida Dendezeiros.

O percurso desse caminho é de 1,1 km e as obras devem durar 12 meses, com investimentos previstos de R$16,1 milhões provenientes de um convênio entre a Prefeitura, Ministério do Turismo e Caixa Econômica. O projeto foi concebido com intuito de priorizar o uso pelo pedestre, com ampliação dos passeios, implantação de novas faixas de pedestre no nível da pista, itens de acessibilidade, nova pavimentação, fiação subterrânea, iluminação em LED, drenagem, paisagismo, novo mobiliário urbano com o uso de totens históricos explicativos e marcos religiosos.

Quando o assunto é religiosidade e fé, Salvador está na lista dos roteiros mais visitados do país. Isso porque, além dos inúmeros terreiros, que também são pontos de atração turística, o município possui 372 templos católicos situados de ponta a ponta da cidade, sendo que muitos desses existem há séculos, revelando memórias e peculiaridades da devoção e fé aos santos. Ou seja, esses templos também são visitados por seu valor histórico e cultural, muitas vezes por pessoas que sequer são cristãs.

“Antes, o turismo religioso da capital baiana estava relacionado ao tradicional. Ou seja, muitos que vinham de fora para conhecer as praias, a gastronomia e a cultura local faziam questão de tirar um tempo para ir às igrejas. Desde o anúncio da canonização de Irmã Dulce, as agências de viagem, tanto de fora quanto as daqui, começaram a divulgar Salvador como destino religioso”, destacou o coordenador nacional da Pastoral do Turismo (Pastur), padre Manoel Filho.

 

Foto: Reprodução/Site da Osid/Arquivo

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