Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, os três grupos de despesas de consumo de maior peso, habitação, alimentação e transportes, respondiam, em média por R$ 6 de cada R$ 10 gastos pelas famílias baianas: representavam 59,0% da despesa total, ou uma média de R$ 2.019,83 por mês. Os três se mantêm no topo do ranking de despesas no estado desde 2003.
A importância desse trio de despesas básicas é significativamente maior entre as famílias com menor rendimento (até R$ 1.908), representado quase 70% do total dos gastos delas (R$ 948,02 por mês ou 69,8% do total). Sua importância vai diminuindo conforme aumenta o rendimento, chegando a menos da metade da despesa total das famílias na maior faixa de renda (R$ 11.165,57 por mês ou 48,1% do total).
Os gastos com habitação são os mais representativos, com ganho de participação ao longo do tempo: representavam 26,5% de todas as despesas das famílias baianas em 2003, subiram para 27,1% em 2008 e tiveram um discreto aumento em 2018, indo a 27,2% do gasto total. Alimentação fica em 2º lugar, mas mostrando redução da sua participação, de 22,5% do gasto total das famílias em 2003, para 19,1% em 2008 e 18,3% em 2018.
Os gastos com transporte, por sua vez, mantiveram a 3ª posição. Apesar de terem registrado, entre 2008 e 2018, a maior queda de participação no total, entre os grupos de despesas de consumo, de 17,1% para 13,5%. As despesas das famílias baianas com assistência à saúde assumiram a 4ª maior participação no total em 2008 (5,3% da despesa total) e, dez anos depois, com o maior ganho de participação entre as despesas de consumo, chegaram a 7,4% do total em 2018.
Os grupos de despesas de consumo menos significativos para as famílias, na Bahia, tampouco mudaram em 15 anos: recreação e cultura (2,0% do total em 2003, 1,4% em 2008 e 2,2% em 2018), serviços pessoais (0,9%, 0,9%e 1,2%, respectivamente) e fumo (0,4%, 0,3% e 0,2%, respectivamente). O ranking de participação dos 11 grupos de despesas de consumo no total dos gastos familiares varia conforme o rendimento total das famílias, mas o primeiro lugar (habitação) e os dois últimos (serviços pessoais e fumo) são os mesmos para todas as faixas de renda.
Em dez anos, as despesas das famílias baianas com educação mais que triplicaram, passando de uma média mensal de R$ 42,06, em 2008, para R$ 138,92 em 2018 (+230,3%). Foi o grupo de despesas de consumo com maior taxa de crescimento no estado e o que mais ganhou importância no orçamento médio das famílias, nesse período.
Em 2008, os gastos das famílias baianas com educação representavam 2,1% da despesa total média, ficando com a 8ª participação entre os 11 grupos de despesas de consumo. Dez anos depois, os gastos com educação passaram a representar 4,1% do gasto total médio das famílias baianas, tornando-se a 6ª despesa de consumo mais importante.
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