A Universidade Federal da Bahia (Ufba) informou, em nota que tomou conhecimento hoje (1º) da liberação de 15% de seu crédito orçamentário anual, correspondente à metade do valor que havia sido bloqueado em abril pelo governo federal, após o anúncio de descontigenciamento feito ontem (30) pelo Ministério da Educação (MEC).
Com isso, de acordo com a universidade, permanecem indisponíveis aproximadamente R$ 24 milhões, correspondentes a 15% da previsão orçamentária para este ano. O recurso é destinado ao chamado custeio. “Importante, porém não suficiente, dada a defasagem orçamentária acumulada nos últimos anos, esse desbloqueio é um gesto de reconhecimento, por parte do ministério, de que as universidades não poderiam suportar mais tempo sem liberação do crédito bloqueado”, diz a nota da instituição.
O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) lembra que”as universidades já têm executado medidas para adequar seus gastos e suas despesas” a um orçamento que, mesmo antes dos bloqueios, já era defasado. Os recursos para as universidades sofrem cortes desde 2014, época da gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“Há uma defasagem do orçamento das universidades que vem desde 2014 e que é crescente. Em relação ao crescimento das universidades, à inflação”, diz. “Ou seja, precisaríamos de mais e estamos tendo menos”. Salles não faz estimativa de até quando as universidades seguirão funcionando depois da liberação de verbas. “Depende da situação de cada universidade. Estamos vivendo já na situação de dívida, em algumas é maior, existe um passivo por causa dessa defasagem. Mas é difícil dizer isso como uma medida comum”, declarou.
Foto divulgação UFBA