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SEI FAZ ANÁLISE DA VARIAÇÃO DO PREÇO DA CEBOLA NA BAHIA

Redação - 24/09/2019 13:45

Com a alta dos preços da cebola, em Salvador, o percentual tem maior elevação com 49,2% em julho de 2019, se comparado a junho do ano passado, quando registrava 7,8%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). No mesmo período do ano passado, o preço da hortaliça teve queda de -33,8% em virtude do significativo aumento da produção na microrregião de Juazeiro, fazendo crescer a oferta e pressionando os preços para baixo. No acumulado, de janeiro a julho de 2019, a alta registrou 51,3%, se somado de agosto de 2018 a julho de 2019 o índice sobe com número expressivo de 100,7%.

O estado da Bahia está entre os maiores produtores de cebola do Brasil, ocupando o segundo lugar, ficando atrás apenas do estado de Santa Catarina. Entretanto, a Bahia ocupa o lugar de destaque devido à sua maior produtividade e qualidade da hortaliça. Cidades como Irecê, no Norte do estado, nos municípios de Cafarnaum, Canarana, América Dourada, João Dourado e Lapão também estão entre os destaques. Já na microrregião de Juazeiro, destacam-se os municípios de Casa Nova, Curaçá e Sento Sé.

O 1º semestre de 2019 foi marcado pelo excesso de chuvas e consequentemente com aumento da incidência de fungos e bactérias na produção da cebola em Irecê (BA) que, somando o alto índice de descarte, trouxe um impacto na venda das hortaliças. Em Juazeiro (BA), também em virtude das chuvas, houve comprometimento da produção, o que determinou a menor oferta da cebola. Além de Juazeiro, o município de Cristalina (GO) também foi afetado, determinando a quebra da oferta nesse período específico e, para consumar as tendências de aumento de preços, ocorreu o fim da safra na Região Sul do país.

Deste modo, estas pressões pontuais de oferta nas localidades citadas foram suficientes para afetar o abastecimento da hortaliça em nível nacional, determinando um aumento generalizado dos preços no país e levando a intensificação na importação de cebola chilena e argentina para suprir a baixa oferta interna. Levantamentos realizados pela Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia (Seagri) apontam para uma redução nos preços cotados no fim do mês de agosto, porém, ainda distante dos preços verificados no mês de junho de 2019, pelo menos é o que demonstram os dados arrolados para o citado mês.

Até o dia 9 de agosto, na cidade de Juazeiro, o preço da saca de 20 kg estava custando R$ 85,00. No mês de julho, em média, o preço da mesma saca passou a custar R$ 74,52 neste município. Quando comparado com o mês de junho, a diferença ainda é maior, pois o preço médio da saca fechou naquele mês em R$ 45,31. Já no dia 30 de agosto (último dia das cotações) o preço da saca caiu, sendo cotada a R$ 75,45, queda de -11,2% em relação ao dia 9 do mês e análise.

O mesmo ocorreu em Salvador, que em 9 de agosto tinha o preço da saca de 20 kg custando R$ 80,00 reais, ao passo que no mês de julho a mesma saca custava, em média, R$ 64,76 passando a custar R$ 44,38 do mês de junho. Entretanto, no dia 30 de agosto o preço médio da saca foi cotado a R$ 69,91, redução de -12,6% em relação ao período de 9 de agosto. Já em Irecê, principal polo produtor de cebola da Bahia, em 9 de agosto as cotações feitas pela Seagri nas primeiras semanas do mês, apresentaram sacas de 20 kg com valor de R$ 75,00, contra R$ 57,86 na média do mês de julho e de R$ 25,31 na média de junho. No total, em agosto ocorreu uma redução pouco expressiva no valor da saca, que chegou a R$ 74,32 (-0,9%).

O coordenador de pesquisa de preço ao consumidor, Denílson Lima, da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) ressaltou que “a expectativa é de que a regularização do mercado com a cebola baiana só se efetive entre o final do mês de outubro e início de novembro, porque agora a preocupação dos produtores baianos é apenas de recuperar os prejuízos causados em 2019”.

Foto: divulgação google

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