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ARRECADAÇÃO É A MELHOR PARA AGOSTO EM 5 ANOS E ATINGE R$ 1 TRILHÃO NA PARCIAL DE 2019

Redação - 24/09/2019 11:30 - Atualizado 24/09/2019

A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais registrou alta real (descontada a inflação) de 5,67% em agosto, contra o mesmo mês do ano passado, para R$ 119,951 bilhões, informou nesta terça-feira (24) a Receita Federal. Em agosto de 2018, a arrecadação somou R$ 113,514 bilhões. De acordo com dados da Receita Federal, esse também foi o melhor resultado para meses de agosto desde 2014 (ou seja, em 5 anos) – quando o resultado havia sido de R$ 124,372 bilhões. Os valores foram corrigidos pela inflação.

De acordo com números da Receita Federal, o ritmo de crescimento da arrecadação em agosto deste ano, de 5,67% em termos reais, foi o maior desse ano. A comparação foi feita contra o mesmo mês do ano anterior. Esse também foi o quinto mês seguido com crescimento acima da inflação dos valores arrecadados. Segundo o Fisco, foi registrado, em agosto, crescimento real (acima da inflação) de 35,26% na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), para R$ 20,48 bilhões. O órgão explicou que houve “pagamentos atípicos” de R$ 5,2 bilhões nesses tributos no mês passado.

No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, a arrecadação somou R$ 1,015 trilhão, com aumento real de 2,39% frente ao mesmo período do ano passado. Trata-se do melhor resultado para os oito primeiros meses de um ano desde 2014. Essa também foi a primeira vez, desde 2014, que a arrecadação federal atingiu a marca de R$ 1 trilhão no mês de agosto. Nos últimos quatro anos, esse patamar foi atingido somente no mês de setembro. Segundo a Receita Federal, parte do crescimento da arrecadação, no acumulado deste ano, está relacionada com o resultado ainda de 2018, pois as empresas recolheram esses valores no primeiro trimestre de 2019.

De acordo com o órgão, também houve uma arrecadação atípica de R$ 13 bilhões em IRPJ e CSLL em 2019. “Cabe destacar que o comportamento do período foi influenciado pelas alterações nas regras de compensações tributárias, a exemplo das estimativas mensais dos tributos”, acrescentou. O comportamento da arrecadação é importante porque ajuda o governo a tentar cumprir a meta fiscal, ou seja, o resultado para as contas públicas. Para 2019, a meta do governo é de um déficit (resultado negativo, sem contar as despesas com juros) de até R$ 139 bilhões.

No ano passado, o rombo fiscal somou R$ 120 bilhões. Foi o quinto ano seguido de rombo nas contas públicas. Até julho deste ano, o governo efetuou bloqueios no orçamento para tentar cumprir a meta fiscal e, somente na última semana, anunciou liberação de recursos. A liberação dá fôlego financeiro para os ministérios, que, devido a restrições orçamentárias impostas pelo governo desde o início do ano, vêm enfrentando dificuldades para executar seus projetos.

Foto: divulgação google

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