Quando assumiu a Secretaria Estadual de Turismo (Setur), em fevereiro, Fausto Franco afirmou que uma de metas dele era dar um maior incentivo ao segmento náutico, aproveitando todo o potencial da segunda maior baía do mundo, a de Todos-os-Santos. A partir do mês que vem, uma delas começa a se tornar realidade, com o afundamento do ferry-boat Agenor Gordilho, que até 2017 fazia a travessia entre Salvador e a Ilha de Itaparica. A medida deve incrementar os turismos de mergulho e subaquático no estado.
O procedimento será realizado no dia 19 de outubro, um sábado, em um trecho marítimo compreendido entre o Yacht Clube da Bahia e a Igreja da Vitória, ocorrendo a partir das 11h. A data – que também levou em conta a tábua das marés – foi escolhida após discussões entre o capitão dos Portos da Bahia, Márcio Gomes Amaral, o capitão-tenente, Herbert Bruno da Cunha França, e o próprio secretário de turismo.
Todo o processo deve durar entre 1h e 1h30 e, segundo Franco, está sendo feito com toda a responsabilidade, seguindo todos os passos junto aos órgãos responsáveis. “Mesmo quem não estiver no mar vai poder acompanhar”, disse ele, em entrevista a Rádio Metrópole FM. Conforme a Setur, toda a operação terá o apoio da Marinha, que cuidará da segurança do afundamento da embarcação. Além da instituição, outras secretarias como a do Meio Ambiente (Inema) contribuíram para que a órgão estadual de turismo pudesse oferecer um novo atrativo na baía.
De acordo com Franco, o ferry Agenor Gordilho será um atrativo a mais para os praticantes do turismo náutico na Baía de Todos-os-Santos. “A embarcação fez história como pioneira na travessia para a Ilha de Itaparica e para os adeptos do esporte será interessante conferir sua estrutura em mergulhos no fundo do mar”, afirmou. O naufrágio assistido de embarcações propicia a formação de recifes artificiais, que favorecem o habitat marinho e se convertem em atrativo para visitantes, mergulhadores profissionais e estudiosos. A expectativa é a de que, logo após o naufrágio do dia 19 de outubro, uma equipe de mergulhadores profissionais faça uma vistoria no local e informe sobre as condições de mergulho na área. A previsão é de que em um ano a embarcação esteja repleta de vida marinha.
Foto: Ulgo Oliveira