Em 2018, depois de três anos, o município de São Desidério, no Oeste da Bahia, voltou ao topo do ranking nacional no valor da produção agrícola. O clima favorável levou ao aumento na produção das principais culturas do município, o que, somado aos bons preços pagos pelas commodities, elevou o valor de produção de São Desidério em 54,4%, frente a 2017, totalizando R$ 3,6 bilhões. Esse montante representa 1,8% de todo o valor gerado pela agricultura brasileira em 2018 e 18,5% do valor da produção agrícola baiana.
A principal cultura de São Desidério é a soja, com 1,6 milhão de toneladas em 2018 (+12,4% em relação a 2017), tendo valor de produção de R$ 1,8 bilhão (+24,0%). O município é o terceiro maior produtor do grão no país. A cotonicultura também se destaca. São Desidério é o segundo produtor nacional de algodão herbáceo (em caroço), com uma safra de 513,3 mil toneladas em 2018 (+75,4%) e valor de produção de R$ 1,5 bilhão (+114,7%).
O terceiro mais importante produto de São Desidério é o milho. Ao contrário da queda nacional, o milho de São Desidério teve aumento. Foram produzidos 45,0% a mais em 2018, totalizando 558,1 mil toneladas, e o valor de produção foi de R$ 281,7 milhões (+83,2% frente a 2017). Além de São Desidério, outros três municípios baianos estavam entre os 20 com maior valor da produção agrícola no país, em 2018: Formosa do Rio Preto, em 5º lugar, com R$ 2,648 bilhões; Barreiras, 17º, com R$ 1,421 bilhão, e Correntina, em 18º, com R$ 1,407 bilhão.
Todos eles têm como principais produtos a soja, o algodão e o milho e subiram de posição, em relação a 2017, quando só os dois primeiros figuravam nesse ranking. Naquele ano, Formosa do Rio Preto estava em 8º lugar, Barreiras, em 24º, e Correntina, em 28°. Na Bahia, o ranking dos dez municípios com maior valor da produção agrícola não teve muitas alterações entre 2017 e 2018. Os seis primeiros lugares são os mesmos: São Desidério, Formosa do Rio Preto, Barreiras, Correntina, Luís Eduardo Magalhães e Riachão das Neves. Todos grandes produtores de grãos.
Em sétimo aparece Jaborandi, que subiu duas posições (era 9º em 2017), também puxado pela soja, algodão e milho. Juazeiro se manteve em 8º, com peso maior da fruticultura (manga, cana-de-açúcar e uva). Mucugê, por sua vez, caiu de 7º em 2017 para 9º em 2018, com um perfil de valor da produçãoliderado pela batata-inglesa, o tomate e o café. Ibicoara entrou no ranking em 2018, na 10ª posição (era 14º em 2017), com peso maior da batata-inglesa, do tomate e da cebola, além de um aumento importante no valor de mercado.