A Petrobras não terá suas atividades encerradas na Bahia e no Nordeste, como vem sendo divulgado na imprensa. O que ocorre é que a estatal prepara-se para vender oito refinarias de petróleo no dia 11 de outubro, incluindo a RLAM e o seu porto, o Temadre. A RLAM é a segunda maior refinaria do país e é o maior contribuinte individual de ICMS no Estado da Bahia e já existem 20 empresas interessadas em sua compra, conforme informa Ao ex-presidente da Associação Comercial da Bahia, Adari Oliveira, em artigo no Bahia Econômica. Veja aqui. São gigantes do petróleo interessadas na compra da RLAM, como Ultrapar, Raízem, Petrochina, Sinopec e a Saudi Aramco. Todas assinaram termos de confidencialidade que garantem o acesso aos dados das refinarias. E quem ficar com Mataripe poderá abrir o Temadre para movimentação de cargas de terceiros, com mais de 20 milhões de toneladas por ano. Adari Oliveira diz que isso será bom para a Bahia, pois haverá competição e maior dinamismo na economia.
Empresas independentes que atuam na exploração de petróleo e gás no Nordeste, estão se preparando também para adquirir os campos maduros de petróleo da Petrobras. É verdade que a empresa quer transferir trabalhadores do prédio da Pituba, muitos sem função já que a construção do prédio está sendo objeto de investigação da operação Lava-jato (veja aqui).. A estatal está também estimulando os funcionários a se deslocarem para os estados do Sudeste, mas isso não é porque a empresa vá fechar, mas por que vão se estabelecer dois polos de competição: um estatal no Sudeste e um privado no Nordeste.