Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2017 para 2018, 26 dos 46 produtos colhidos na Bahia tiveram aumento do valor da produção. Houve estabilidade no valor de 1 produto (marmelo) e queda em 19. Em média, houve avanços no valor tanto das lavouras permanentes (+10,1%, chegando a R$ 5,314 bilhões), quanto das temporárias (+34,9%, chegando a R$ 14,307 bilhões). Entretanto, este último foi mais importante para o resultado geral da agricultura baiana, puxado pelos cereais, leguminosas e oleaginosas, também chamados de grãos.
O valor de produção baiana de grãos cresceu 43,7% em relação a 2017, chegando a R$ 12,234 bilhões em 2018, o que representou mais R$ 3,722 bilhões de um ano para o outro. Tanto em termos relativos (43,7%) quanto absolutos (+R$ 3,722 bi), foram os segundos maiores aumentos do país para esse grupo de produtos. Assim como ocorreu no Brasil como um todo, o aumento do valor agrícola na Bahia foi liderado, em termos absolutos, pela soja, cuja produção somou R$ 7,102 bilhões em 2018, R$ 1,775 bilhão acima de 2017 (+33,3%). Em seguida veio o algodão herbáceo em caroço, que chegou a um valor de produção de R$ 3,570 bilhões, R$ 1,631 bilhão maior que o de 2017 (+84,2%).
O café total teve o terceiro maior aumento no valor de produção, tanto na Bahia como no Brasil. O valor total do café baiano produzido em 2018 chegou a R$ 1,381 bilhão, 33,6% maior que o de 2017. A variedade arábica respondeu por R$ 676,976 milhões (62,2% a mais que em 2017), enquanto a produção do café canephora somou R$ 704,565 milhões (14,3% a mais que em 2017). No outro extremo, a banana foi o produto com maior queda de valor na Bahia, de 2017 para 2018: de R$ 931,809 milhões para R$ 822,534 milhões (-11,7% ou menos R$ 109,275 milhões). A mandioca (menos R$ 96,215 milhões ou -17,9%, chegando R$ 439,884 milhões) e o coco (-31,7% ou menos R$ 80,673 milhões, chegando a R$ 173,876 milhões) vieram em seguida.