Paulo Betti falou sobre as acusações de que seria racista feitas pelo ator Milton Gonçalves. “Pegou mal porque é uma acusação muito forte. Eu fui acusado de ser racista, sendo que eu tenho uma história inteira ligada ao quilombo onde eu fui criado. Se eu não fosse vacinado e devoto do preto velho João de Camargo, uma acusação dessa podia acabar comigo”, disse o ator em entrevsta ao TV Fama exibido na noite de terça-feira (3).
De acordo com Betti, seu vínculo com raça negra é forte. “Uma acusação dessa acaba, foi uma mancha numa das coisas que mais me orgulho. Sou um dos artistas brancos brasileiros, já que Vinícius de Moraes morreu, mais identificado com os negros. Poucos têm essa identidade que eu tenho, que vem da minha origem”, afirmou. “Se o Milton, um homem de 80 e poucos anos, diz que eu sou racista, podia acabar com minha vida, minha carreira. Ele é uma entidade, tem uma história, um homem forte. Isso foi utilizado durante a disputa pelo sindicato. Mas deixa rolar”, completou.
A briga teve início com a disputa pela diretoria do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro (SATED). O ator estava na mesma chapa que o colega e teria publicado a seguinte mensagem em um grupo de WhatsApp: “A atual diretoria do sindicato está lá há muito tempo e tem uma forte representação negra com Jorge Coutinho e o grande Milton Gonçalves, além do querido Cosme. Isso complica bastante a luta, pois pode confundir as coisas”.