O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou nesta terça-feira, 3, que considera exagerada a preocupação de que possa haver loteamento político em cargos da Unidade de Inteligência Financeira (UIF), novo nome do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que recentemente passou a fazer parte da estrutura do Banco Central (BC) e começou a permitir a contratação de profissionais oriundos do setor privado.
“Se fez a opção por permitir que fossem requisitados não só servidores públicos (para reforçar o órgão), mas também receber pessoas do setor privado. Isso gerou preocupações da parte de alguns setores, a meu ver exageradas, de que poderia haver loteamento político. Acho que não necessariamente. Eu tenho vários cargos comissionados de pessoas que vieram do setor privado para o Ministério da Justiça e não significa que serão loteados politicamente”, disse o ministro, em apresentação feita no 9º Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O ministro também argumentou que o BC é uma instituição que tem uma tradição técnica e de eficiência. “Portanto, acho muito difícil que o BC seja permeável a qualquer espécie de loteamento político”, afirmou.