O início das tratativas de concessão do Palácio Rio Branco para o grupo português Vila Galé é apenas o primeiro passo em um plano de negócios desenhado pelo governo da Bahia. O espaço, de 400 anos, deve mesmo se tornar um hotel e, com a viabilidade do modelo, outros equipamentos históricos entraram no radar de privatizações. O próximo prédio a ser negociado é o Palácio dos Esportes, que fica na Praça Castro Alves, ao lado do Hotel Fasano e de frente para a Baía de Todos-os-Santos.
Construído por volta de 1806, o Palácio dos Esportes representou uma verdadeira revolução no estilo arquitetônico dos prédios das Américas. Após a sua fundação, o local abrigou o Teatro São João. O espaço foi palco de eventos voltados à sociedade baiana, como debates públicos, políticos e declamação de poesias. Entre os frequentadores, já estiveram Ruy Barbosa, J.J Seabra e Otávio Mangabeira.
Em 1923, um incêndio destruiu completamente as instalações. O prédio atual, construído na década de 1930, em estilo art déco, passou a abrigar a sede da Secretaria da Agricultura do Estado. Anos mais tarde, passou a abrigar federações esportivas e foi batizado pelo então governador ACM como Palácio dos Esportes.
Defensor do modelo, o secretário de Turismo da Bahia, Fausto Franco diz que a concessão – com regras claras e bem definidas para quem arrematar os locais – ajuda a preservar a memória da cidade. “Eu sempre pergunto: é melhor deixar acabar ou preservar? O que estamos fazendo é um trabalho de dar uma nova vida para os espaços. O Palácio Rio Branco está subutilizado, por exemplo”, apontou, a rádio metrópole e ao portal metro 1