A Argentina vai iniciar um processo para estender os prazos de vencimento de sua dívida com credores privados e decidiu renegociar o vencimento dos seus empréstimos com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Hernan Lacunza, nesta quarta-feira (28). As medidas buscam prorrogar os prazos da dívida de curto e longo prazo nas mãos de investidores institucionais e os bônus emitidos no mercado interno e internacional.
“A prioridade hoje é garantir estabilidade porque é inútil lançar medidas de reativação se não houver estabilidade”, afirmou Lacunza, em entrevista à imprensa. Lacunza, que assumiu o cargo na semana passada, e o presidente do Banco Central, Guido Sandleris, se reuniram nesta quarta com uma equipe do FMI que visita a Argentina. O país pediu US$ 56 bilhões ao fundo e, inicialmente, começaria a devolver o dinheiro a partir do segundo semestre de 2021.
A proposta apresentada pelo governo da Argentina consiste em:
A Argentina enfrenta um contexto de recessão econômica, com preocupações sobre a inflação e o rumo da taxa de juros. Neste mês, uma disparada do dólar em relação ao peso argentino piorou o cenário. A forte desvalorização da moeda argentina ocorreu em meio às preocupações de investidores com a vitória do candidato de oposição Alberto Fernández sobre Maurício Macri. A leitura do mercado é de que Fernández é menos comprometido com a agenda de reformas econômicas.