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TESOURO PEDE QUE RUI FAÇA MUDANÇAS PARA MELHORAR NOTA NO CAPAG

Redação - 27/08/2019 09:00

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) pediu para que o governo da Bahia adote uma série de medidas com objetivo de melhorar sua atual nota C na Capag (Capacidade de Pagamento). Entre as sugestões do relatório que roda a mão de deputados estaduais de oposição está a que recomeda o Executivo baiano privatizar estatais, suspender novas contratações e evitar a aquisição de empréstimos.

 A última recomendação pode ser contrariada ainda nesta terça-feira (27) com a votação do pedido de empréstimo de U$ 40 milhões – cerca de R$ 150 milhões – na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Apesar de ser um novo empréstimo, o plano do governo com dinheiro é investir o montante no Programa de Apoio à Gestão dos Fiscos do Brasil (Profisco) e equilibrar as contas.

RECOMENDAÇÕES A RUI

  • O documento do Tesouro Nacional, intitulado de “Guia para o Governador”, lista 15 sugestões de “avanços necessários” para serem adotados ao gestor que deseja melhorar a sua avaliação na Capag. As sugestões estão divididas em três âmbitos: Endividamento, Poupança Corrente e Liquidez.
  • Para que a Bahia reduza montantes de endividamento, o Tesouro acredita que o estado deveria suspender novas contratações, pagar precatórios e privatizar estatais. Enquanto para aumentar a receita, a sugestão é de aumento de alíquotas de impostos, modernização da máquina arrecadatória, redução de incentivos fiscais e utilização de receitas oriundas de concessões.
  • No sentido de evitar descompasso entre receitas e despesas, a STN ainda indica que Rui evite ou corte despesas com pessoal e outras despesas correntes. O documento prevê que para aumentar a receita corrente, o governador da Bahia deve modernizar a máquina arrecadatória, reduzir investimentos fiscais e utilizar receitas oriundas de concessões.
  • Por fim, visando o incremento de disponibilidade de caixa sem vinculação, o guia de conselhos traz os três últimos “conselhos” ao governador petista: desvincular receitas, melhorar a gestão de caixa e evitar acúmulo de Restos a Pagar (RAP).
  • Apesar da nota C da Capag, que coloca a Bahia na lista de maus pagadores, o argumento que cerca a bancada de deputados estaduais governistas para justificar o empréstimo é de que outros estados com nota semelhante, a exemplo de vizinhos nordestinos, também tomaram empréstimos similares. O governo do Piauí, por exemplo, contraiu U$ 44 milhões mesmo com nota semelhante a Bahia na Capag.

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