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VEREADOR AFIRMA QUE VAI DEIXAR O PT CASO LEGENDA NÃO TENHA CANDIDATURA NEGRA EM 2020

Redação - 22/08/2019 11:30 - Atualizado 22/08/2019

O vereador de Salvador, Moisés Rocha, disse, ontem, que deixará o Partido dos Trabalhadores caso a legenda não tenha um candidato negro para disputar o Palácio Thomé de Souza em 2020, quando acontecerá a sucessão de ACM Neto (DEM). Segundo ele, o pedido de afastamento será no período eleitoral a fim de apoiar um postulante negro de outra sigla, como o PCdoB, PSB ou PDT. Moisés afirmou que “passou da hora” da esquerda ter um nome negro para competir pela prefeitura da capital baiana.

“Se o partido que eu faço parte não tiver uma candidatura negra, eu vou pedir licença do partido para apoiar uma candidatura negra. Pode ser a candidatura de Olívia Santana, do PCdoB, de Sílvio Humberto, do PSB, de Vovô do Ilê, do PDT. Nós estaremos juntos”, afirmou Moisés Rocha. A informação foi dita primeiramente no programa Questão de Ordem, da TV Câmara de Salvador, e reafirmada à Tribuna. O vereador petista reafirmou sua pretensão de ser candidato a prefeito soteropolitano e reiterou que não vai brigar por um quarto mandato no Legislativo.

Moisés fez questão de frisar que os pré-candidatos negros têm potencial eleitoral para vencer a disputa. “Se fosse analisar só potencial eleitoral, Rui Costa não seria o governador. Hoje, Rui caminha com sua própria perna. Quem lá atrás acreditava que Rui seria governador? Deram oportunidade a ele e ele soube aproveitar. O problema de Salvador não é que candidaturas negras não tenham potencial, é que tem negado oportunidade. Nomes nós temos, mas infelizmente falta oportunidade. A direita está com o seu nome e está dando oportunidade para ele se cacifar. Se não tivesse oportunidade, ele não iria se cacifar”, afirmou, ao se referir ao vice-prefeito Bruno Reis (DEM) que é considerado o candidato de ACM Neto para a sucessão.

Perguntado se o governador Rui Costa (PT) deve interferir no partido para definir o candidato, Moisés Rocha afirmou que o gestor estadual tem direito a dar opinião.“A minha opinião é que ele pode e deve ter opinião. É um quadro político. É um dos principais cabos eleitorais, com 75% de aprovação. É um governador que tem potencial, cacife, ele e o atual prefeito serão os principais cabos eleitorais. Não dá para descartar o apoio e opinião dele, mas tem que debater democraticamente. Não dá para dizer que vai ser A, B ou C. Tem que debater”, salientou. Para o vereador, o PT está “demorando para definir se vai ter candidatura própria” à prefeitura de Salvador. Moisés elogiou o presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, mas se mostrou contrário à hipótese de o dirigente esportivo ser o candidato das esquerdas, como se especula.(TB)

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