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REITORA DA UFSB TEME NÃO CONCLUIR OBRAS DEVIDO AO CONTINGENCIAMENTO

Redação - 22/08/2019 18:50 - Atualizado 22/08/2019

Em entrevista ao The Intercept publicada nesta quarta-feira (21), a reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Joana Angélica Guimarães da Luz, afirmou temer pela não conclusão das obras dos quatro campi da instituição nos municípios de Itabuna, Ilhéus e Porto Seguro.

Pois, com o contingenciamento o orçamento destinado para UFSB este ano foi reduzido para menos da metade, passando de 31,5 milhões para R$ 14,5 milhões. Devido a esse corte, a universidade está tomando medidas para economizar. Uma delas é deixar o ar-condicionado desligado em todas as unidades.

“Hoje temos uma despesa de R$ 1,2 milhão por mês, mas recebemos R$ 860 mil. Estamos literalmente precisando escolher quais contas a gente paga e quais a gente atrasa, quais contratos a gente honra e quais não” afirmou a gestora.

Joana também afirmou que os projetos de pesquisa também estão paralisados e que mesmo com pouco tempo de atividade, os três centros de ensino já apresentam um déficit de salas. “Novos alunos vão chegar e não sei como vamos recebê-los no próximo ano” alegou.

Além disso, a reitora teceu críticas ao Programa Future-se e às declarações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que disse que os professores das universidades públicas só trabalhariam oito horas por semana. Para ela, a fala é um dos “maiores absurdos” que já ouviu.

Assim como outras instituições de ensino superior federais, a reitora Joana Angélica ratifica: “se não tiver mais recursos no próximo mês, aí, sim, já é o caos. Se continuar assim, fechar a universidade é o último passo”.

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