A maior deflação foi registrada nos gastos com saúde e cuidados pessoais (-0,69%). Mas, com o segundo e o terceiro maior recuo, respectivamente, alimentação e bebidas (-0,59%) e transportes (-0,53%) foram os que mais contribuíram para a queda do IPCA-15 do mês, na RMS. Os alimentos voltaram a ter retração, após a variação positiva de 0,40% em julho, puxados tanto pelos itens consumidos no próprio domicílio (-0,68%) quanto pela alimentação fora de casa (-0,40%).
O tomate (-24,39%) foi o produto que, individualmente, mais puxou a prévia da inflação para baixo em agosto, na RMS. Outros itens que havia exercido pressões inflacionárias importantes em julho também recuaram em agosto, como a batata-inglesa (-19,19%) e o pão francês (-3,07%). Entretanto, produtos alimentícios importantes no dia a dia mantiveram-se com fortes altas no IPCA-15 de agosto, a exemplo da cebola (26,05%).
Dentre as despesas com transportes, os recuos mais importantes para segurar a prévia da inflação de agosto foram os das passagens aéreas (-18,55%) e dos combustíveis (-1,16%), sobretudo a gasolina (-1,39%). Dentre os grupos com altas no IPCA-15 de agosto, as principais pressões inflacionárias vieram de habitação (0,75%) e despesas pessoais (0,37%). O primeiro teve influência forte da energia elétrica (2,74%) A bandeira tarifária passou da amarela (R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora) para a vermelha (R$ 4,00), influenciando aumentos em todas as regiões pesquisadas pelo IPCA-15.
Já entre as despesas pessoais, foi mais importante o peso dos serviços pessoais (0,32%), entre eles o dos gastos com empregados domésticos (0,29%).