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CANDIDATO ARGENTINO PEDE QUE BOLSONARO ‘FIQUE TRANQUILO’

Redação - 19/08/2019 07:49

Decidido a aliviar as tensões com o governo do Brasil, país que considera central para a estratégia de desenvolvimento da Argentina, o líder de centro-esquerda e vencedor das eleições primárias de domingo passado no país, Alberto Fernández , colocou um freio no confronto com o presidente Jair Bolsonaro e enviou uma mensagem de estabilidade à toda região. “Não se preocupem, porque não penso em fechar a economia”, afirmou ao jornal “La Nacion”.

A declaração é uma resposta à ameaça feita pelo mandatário brasileiro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o Brasil deixaria o Mercosul caso o próximo governo argentino — um governo de Cristina Kirchner, disseram — decida fechar a economia. “Para mim, o Mercosul é uma questão central. E o Brasil é nosso principal parceiro e continuará sendo. Se Bolsonaro pensa que eu vou fechar a economia e que, então, o Brasil vai sair do Mercosul, que fique tranquilo, porque não penso em fazer isso. É uma discussão burra”, disse o candidato da Frente de Todos.

Na mesma linha, afirmou ainda que não é contra o Mercosul estabelecer acordos comerciais com outros blocos. Mas advertiu que deve fazê-lo protegendo os interesses nacionais : “Meu problema não é que a economia se abra . Meu problema é que essa abertura prejudique os argentinos. Se for aberta preservando os argentinos, que seja bem-vinda”. Depois da vitória que o deixou às portas da Casa Rosada e o alçou a virtual presidente eleito, Fernández se mostrou disposto a aceitar a flexibilização dos acordos trabalhistas , caso exista acordo com os sindicatos.

“O que for decidido em convenção é uma decisão da empresa e dos trabalhadores. O que não quero é colocar regras gerais de flexibilização. Nem tudo é igual” afirmou ao abordar alguns dos temas que discutiu na quinta-feira com o dono do Mercado Livre, Marcos Galperin, grande defensor da reforma trabalhista.

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