As perspectivas mais positivas com relação à aprovação da reforma da Previdência Social permitiram um início de melhora do cenário econômico para o setor de construção civil e infraestrutura. Com a esperada mudança nas regras para a aposentadoria, investidores – sobretudo os estrangeiros – voltarão seus olhos ao Brasil, com a possibilidade de injetar recursos e auxiliar na retomada da economia como um todo.
Outro fator favorece o mercado imobiliário: as taxas de longo prazo que balizam, por exemplo, os financiamentos da construção civil e infraestrutura, nunca estiveram tão baixas. Com a aprovação no primeiro turno da reforma da previdência na Câmara Federal, o índice caiu para 3,5%. Se forem somados os 3,5% de inflação projetada, os juros na ordem de 7,5% abrem a possibilidade de ampliação do financiamento imobiliário.
As construtoras enxergam este momento com bons olhos. “O Brasil está diante de uma grande oportunidade de crescimento, mas precisamos fazer nossa tarefa de casa para voltarmos a sermos atrativos. Com o apoio dos bancos, podemos oferecer melhores condições aos interessados em adquirir um novo imóvel. Mesmo para o segmento de alto padrão, os consumidores poderão ver a sequência de negócios e créditos gerados como um movimento positivo”, diz a CFO da construtora A.Yoshii, Simoni Bianchi.
A empresa, com mais de 50 anos de atuação em Londrina, Maringá e Curitiba, percebeu o movimento de queda nas taxas de juros e o comportamento dos bancos. A percepção da companhia, que percebeu aumento nas vendas com financiamento bancário, está em linha com a análise feita pela Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC). Na comparação entre o primeiro trimestre de 2019 com o do ano passado, os lançamentos cresceram 4,2%; as vendas subiram 9,7%; e a oferta final de imóveis caiu 8,6%.