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OITO EM CADA DEZ CONSUMIDORES ACREDITAM SEREM PASSÍVEIS DE FRAUDE

Redação - 15/08/2019 13:44

Segundo pesquisa da CNDL, as fraudes mais sofridas pelos entrevistados foram o não recebimento de produto comprado (52%), compra de um produto ou serviço diferente das informações especificadas pelo vendedor (42%), cartão de crédito ou débito clonado (25%), contratação de serviços ou compra indevida de itens usando documentos falsos, perdidos ou roubados da vítima (14%), transações financeiras em conta bancária sem autorização (13%) e pagamento de serviço não realizado (11%).

Entre os serviços contratados e não realizados, 32% contrataram o serviço de falsa agência de emprego, 24% de uma empresa de renegociação de dívidas, 22% de organizadores de festas e 22% de limpeza de nome negativado. Já para quem teve produtos ou serviços adquiridos em seu nome, usado em documentos falsos, perdidos ou roubados, as ações criminosas mais comuns foram a contratação de pacotes de internet (29%), TV por assinatura (29%), linha de telefone celular (25%), empréstimo (24%) e crediário (17%).

Dentre as principais dificuldades enfrentadas para se proteger das fraudes estão o fato de não saberem se um site é confiável e seguro para transações financeiras (53%), não conseguir identificar se um boleto é verdadeiro (45%), buscar informações sobre como os dados ficam guardados em empresas e órgãos públicos (39%) e não compartilhar dados pessoais nas redes sociais (38%).

Por sua vez, as medidas mais adotadas para se proteger e evitar novos golpes são: fazer compras somente em locais confiáveis (43%), pesquisar sobre a reputação das lojas em sites de reclamação e redes sociais (41%), não compartilhar dados pessoais nas redes sociais (38%) e não responder a e-mails ou telefonemas que solicitam informações pessoais como senhas, número de cartão ou de conta bancária (38%).

As vítimas de fraudes financeiras estão distribuídas quase que igualmente entre mulheres (53%) e homens (47%). A média de idade de 37 anos. Considerando a renda familiar, os entrevistados estão divididos em três intervalos principais: 23% ganham de R$ 999,00 a R$ 1.996,00, outros 22% de R$ 2.995,00 a R$4.990,00 e 20,5% recebem de R$ 1.997,00 a R$ 2.994,00. Pouco menos da metade reside no Sudeste (47%) e 23% estão no Nordeste.

Considerando os canais mais comuns para a ocorrência de fraudes, destaca-se a liderança das lojas online (54%). Na sequência aparecem os bancos (9%), as lojas físicas pequenas (8%), as lojas físicas de grande porte (8%) e as financeiras (6%). Em relação ao não recebimento de produtos comprados, os itens mais mencionados são eletrônicos (35%), seguidos de roupas, calçados e acessórios (31%), cosméticos e perfumaria (13%), eletrodomésticos (12%) e artigos infantis (9%). Nesse caso, os locais de compra mais comuns onde ocorreram as fraudes de não recebimento das compras foram os sites de lojas que vendem produtos diversos como marketplaces, lojas de pessoas físicas online e produtos usados (67%), site próprio de vendas de uma loja (28%), perfil de empresa em rede social (12%) e perfil pessoal em rede social (10%).

Três em cada dez vítimas tiveram o nome negativado (30%) devido a fraude sofrida.  Os problemas decorrentes podem afetar o acesso ao crédito do consumidor, e até mesmo ocasionar consequências emocionais e para a saúde. Tendo em vista as demais consequências, 52% relatam estresse, 24% precisaram ajustar o orçamento para cobrir prejuízos, 23% perderam tempo regularizando a situação na polícia e órgãos competentes e 16% falam em depressão, ansiedade ou outros problemas psicológicos.

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