O Bar Fronteira que está localizado no Rio Vermelho e tem como sócio o irmão do secretário de Ordem Pública de Salvador (Semop), o vereador licenciado Felipe Lucas, está desrespeitando todas as regras de convivência com a vizinhança e com outros estabelecimentos. De som alto a banheiro que tem abertura para a rua, tudo acontece no espaço que foi, originalmente, projetado para ter apenas som ambiente.
Presidente da Associação de Moradores do Morro do Conselho, José Carlos Costa vê forte teor político na “bondade” com o bar que tira o sono dos moradores do entorno. “O pessoal está desesperado. A gente já tentou prefeitura, já tentou tudo e fomos barrados. Vejo um quesito político forte. Vai ser difícil a gente conseguir algo”, afirmou, em entrevista ao Jornal da Metrópole. Ao passo em que a população sofre, o titular de Semop faz as vezes de cantor e arrisca algumas notas no palco do local. Em vídeo que está no Youtube, e foi publicado em novembro de 2018, Felipe Lucas “anima” a plateia ao som de Menina Me Dá Seu Amor, de Chiclete com Banana. “Madrugada já clareou”, cantaram os moradores do entorno…
Para criar tanta confusão no Rio Vermelho, os empresários Tiago Lucas e Danilo Moreira Lapido Rodrigues – sócios do Fronteira – não tiveram muita dor de cabeça. O alvará de construção saiu em menos de 2 meses. O primeiro pedido do documento foi feito em agosto de 2017. Já em outubro do mesmo ano o alvará foi liberado. Segundo a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Salvador, o bar tem licença de funcionamento (TVL) e pode utilizar som nas suas instalações. Perguntada sobre um abrandamento na fiscalização do local, a prefeitura negou. “Em hipótese alguma. Trata-se de um empreendimento como qualquer outro”, alega.