O presidente Jair Bolsonaro negou nesta sexta-feira (9) que o governo esteja planejando recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). “Já falei que não existe CPMF. O que ele quer mexer, tudo proposta, não vai depois dizer lá na frente que eu recuei, tudo é proposta. Nós queremos facilitar o imposto de renda, aumentar a base, acabar com algumas deduções, diminuir o imposto máximo de 27,5%, diminuir um pouco. Essa que é a ideia”, disse Bolsonaro.
Pela proposta de reforma tributária em elaboração pelo Ministério da Economia, essa contribuição seria criada para compensar a desoneração da folha de pagamento em todos os setores da economia. O novo tributo teria entre 0,5% e 0,6% sobre as movimentações financeiras.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tinha indicado durante evento em São Paulo, nessa quinta-feira (8), que deve ser proposto o fim das deduções no Imposto de Renda. “Você hoje bota uma alíquota de 27,5% e depois deixa o cara deduzir, fica todo mundo juntando em casa papelzinho de dentista, papelzinho de médico. Isso além de ser regressivo, porque o pobre vai na assistência social depois não recebe refunding (reembolso) nenhum. Então é regressivo, é ineficiente. Melhor tira todas as deduções, abaixa um pouquinho a alíquota, é muito mais simples, não é?”, disse Guedes.