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MINERAÇÃO DA BAHIA CONTA COM A FIOL E O PORTO SUL PARA CRESCER

Redação - 07/08/2019 07:00 - Atualizado 07/08/2019

Por João Paulo Almeida 

À medida em que as obras de implantação da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) avançam, um horizonte de oportunidades vai se abrindo na mineração baiana. O corredor logístico, que deve se conectar ao futuro Porto Sul, em Ilhéus, por volta de 2023, deverá tornar em realidade alguns dos potenciais que a Bahia tem no setor. Atualmente, a Bahia possui 42 projetos relacionados à produção de minério de ferro, que podem vir a ser beneficiados pela implantação da ferrovia e do porto. Embora a imensa maioria deles ainda se encontre nas fases iniciais de pesquisa, em pelo menos um o potencial de exploração já está comprovado e depende apenas da obra de infraestrutura para iniciar a produção.

No final do ano passado o portal Bahia Econômica conversou com o presidente da Federação das Indústria do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Alban, que ressaltou a importância desse projeto para o estado(Veja aqui). “A ferrovia Oeste Leste e o Porto Sul são obras muito importantes para a indústria na Bahia. Se elas forem construídas nós vamos ter a oportunidade de ampliar o crescimento do estado, São obras que vão reduzir alguns custos e aproximar algumas regiões do estado”.

Para a implantação dos trechos I e II da Fiol, que cortam pouco mais de 1 mil quilômetros no território baiano, a previsão é de um investimento de R$ 6,4 bilhões. No caso do Porto Sul, estão previstos R$ 2,5 bilhões. Antes mesmo que a primeira composição ferroviária percorra os 537 quilômetros do primeiro trecho da Fiol, entre Ilhéus e Caetité, o trecho já tem a garantia de demanda para um terço da sua capacidade de escoamento, de 60 milhões de toneladas por ano. Sozinha, a Bahia Mineração (Bamin) deve chegar a utilizar um terço da capacidade da ferrovia.

A empresa, responsável pelo projeto Pedra de Ferro, em Caetité, já tem encaminhadas as licenças ambientais e dos órgãos reguladores da mineração para iniciar a sua operação. Depende apenas do corredor logístico, diz o coordenador-executivo da Casa Civil do governo da Bahia, José Carlos do Valle. “A Fiol e o Porto Sul vão impulsionar a nossa mineração a um novo nível. A questão da logística de escoamento é algo muito importante para este setor”, pondera Valle.  Segundo ele, existem 42 projetos relacionados a minério de ferro que podem ser impactados de maneira positiva com a oferta de infraestrutura para o escoamento.

“A maioria dos projetos ainda vai passar por um longo processo até ter comprovada, ou não, a sua viabilidade. Mas só com a Bamin, a ferrovia e o porto já se viabilizam. Depois disso, vai ser só aguardar que a oferta de infraestrutura atraia outros projetos”, avalia José Carlos do Valle. Segundo ele, as estimativas são de uma movimentação inicial da mineradora entre 10 e 12 milhões de toneladas por ano, com um crescimento ano a ano, até atingir cerca de 20 milhões por ano.

De acordo com a Bamin, o Porto Sul e a Fiol são projetos para a empresa, além de descentralizar o desenvolvimento econômico da região Sudoeste e Sul da Bahia, “afetando positivamente toda a cadeia produtiva da região, gerando empregos, aumentando a arrecadação de impostos municipais e permitindo consequentemente o investimento pelos municípios nas áreas de Infraestrutura, Saúde, Educação e Segurança”.

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