Já são quase seis anos da morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, de 21 e 23 anos, mas o caso ainda não teve um desfecho. Nesta quarta-feira (7), a mãe deles, a enfermeira Marinúbia Gomes, compareceu ao quarto julgamento do caso. Os dois morreram após um acidente de trânsito com a médica oftalmologista Kátia Vargas, no bairro de Ondina.
Assim como nos julgamentos anteriores, a enfermeira se manteve de olhos fechados durante quase todo o tempo e chorou em diversos momentos da breve sessão, que novamente não teve uma conclusão e foi adiada para o dia 4 de setembro. Ao deixar o local, desabafou.
Abalada com toda a situação, ela declarou que não deseja mal à médica, mas admitiu que só seguirá em paz quando tudo for esclarecido. “Kátia Vargas, nem que você não vá presa, eu não desejo mal a você, eu nunca desejei. Eu lhe perdoo por todas as coisas, mas me diga com as suas palavras: ‘Marinúbia, eu sou responsável por isso, mas eu não fiz porque eu quis’. Eu só queria isso”, desabafou a mãe dos jovens.
A mãe dos jovens foi ao Fórum Ruy Barbosa, em Nazaré, acompanhada de familiares, dentre eles seu marido Otto Malta e sua irmã Mércia Gomes.
No julgamento desta quarta, 20 desembargadores analisariam a responsabilidade da médica no acidente. No entanto, pouco após o início da sessão, um desembargador pediu vistas e houve adiamento do julgamento, para que ele pudesse analisar os autos mais profundamente.
Independentemente da decisão que os 20 desembargadores da Seção Criminal tomarem, os advogados ainda podem ingressar com recursos ao Superior Tribunal de Justiça, podendo chegar até mesmo ao Supremo Tribunal Federal, instância máxima da Justiça brasileira.