Para o presidente do Sindicato dos Lojistas doestado da Bahia (Sindilojas) Paulo Mota, a notícia da liberação dos saques do FGTS – a partir de setembro- o deixa cheio de otimismo. “Tudo que irriga a economia é positivo. Muitas lojas estão sendo fechadas; o desemprego é crescente; e o E-Commerce vem competindo com vantagens sobre as lojas físicas. O valor deR$500,00 é pouco. Todavia o montante global é muito. Por isso, vemos a medida do Ministério da Economia pelo lado positivo”, valoriza. A expectativa de Paulo Mota, como dirigente sindical, é que os consumidores aproveitem este ‘dinheirinho’ e parta em direção às lojas.
“Hoje, o consumo médio, dos bens não duráveis, gira em torno de R$150,00. E quem receber R$500,00 terá a oportunidade de consumir um pouco mais”. Esta expectativa é geral entre os comerciantes e se espalha por entre proprietários de lojas da Djalma Dutra, que vendem peças para carros e motos. A respeito da situação pré-falimentar de alguns empreendedores, o presidente do Sindilojas Paulo Mota tem uma opinião. “O fechamento de várias loja sem Salvador deve-se a incapacidade do mercado em se manter presente. A gente percebe a intenção do governo federal em desonerar o custo das pequenas e médias empresas, inclusive, está no Congresso Nacional, a Medida Provisória 881/2019, que terá de ser votada até 28 de agosto próximo. Esta medida vai incentivar o emprego
Paulo Mota aproveita para tecer críticas à Justiçado Trabalho a qual considera ‘paternalista para os trabalhadores’ e que dá total sustentabilidade à legislação vigente. “O país tem uma legislação trabalhista arcaica, que foi modernizada em2017, no Governo Temer, mas falta ainda desonerar algumas coisas. Precisamos de uma legislação mais produtiva e construtiva. E caso ela não ocorra, em quatro ou seis anos, teremos uns 20 milhões de desempregados no Brasil. Paulo Mota espera pela Reforma Previdenciária e o fim dos penduricalhos sobre as folhas de pagamentos das empresas. ”Hoje, pagamos 20 % de impostos nas folhas”. Sobre o atual governo reconhece que há muito boa fé do ministro Paulo Guedes, em avançar nas mudanças “mas existem barreiras para o país atingir o patamar de nação de primeiro mundo”. Ao jornal El Pais, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reiterou que as mudanças apresentadas não são um “voo de galinha” para economia. “O que estamos fazendo com o FGTS é para sempre, um salário extra para o resto da vida”, afirmou Guedes.