Mesmo em meio à crise econômica, os brasileiros estão cada vez mais contratando planos de saúde odontológicos. Dados da Agência Nacional de Saúde (ANS) mostram que o número de beneficiários já é recorde: 24,6 milhões, em maio (último dado liberado) — crescimento em torno de 25% desde 2014. Nos últimos 12 meses, o aumento do total de usuários foi de 6,5%, enquanto os planos médicos ficaram estagnados.
O que está por trás da expansão é a grande oferta de produtos a preços acessíveis. Os mais simples têm custos mensais a partir de R$ 12, nos planos individuais, vendidos pelas próprias operadoras de saúde, pela internet e até por lojas de varejo. — Enquanto no segmento médico o custo de ter um plano individual é alto, no odontológico, não. E, para crescer, os planos oferecem algumas opções acessíveis. As classes B ,C e D têm sido as que mais têm aderido nos últimos anos — afirmou Paula Toguchi, superintendente de Produtos da seguradora MetLife.
Com isso, muita gente que não tem o plano pelo trabalho tem visto oportunidades para contratar um de forma individual. É o caso de Marília Gomes, de 50 anos, fez plano há seis meses para colocar aparelho ortodôntico: — Fiz pela facilidade e pela economia. Agora, posso fazer meu tratamento ortodôntico no plano e ter acesso a várias coisas.
Segundo a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), porém, 73% dos beneficiários ainda contratam o plano pela empresa ou são dependentes de alguém da família. Mas os planos individuais estão crescendo na crise. Muitas pessoas estão perdendo esse benefício. Então, eles viraram a aposta das empresas para aumentar a difusão do produto — apenas 12,7% da população brasileira têm planos odontológicos.
Com a concorrência pelo cliente, as seguradoras estão oferecendo serviços acima do mínimo regulado pela ANS nos planos mais simples. Para os consumidores, é um bom momento para pesquisar as opções e achar o plano mais em conta que atenda às suas necessidades.