Atualmente, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) tem 408 bolsas vigentes de produtividade em pesquisa (PQ), um tipo de financiamento destinado a cientistas que já têm mestrado, doutorado e uma sólida carreira de pesquisa. Mas as mulheres receberam apenas 11% das bolsas destinadas à pesquisa em matemática, probabilidade e estatística, segundo um levantamento feito pelo G1 com os dados disponíveis nesta quinta-feira (25).
A participação feminina atual entre os recipientes de bolsas de produtividade nessa área é mais baixa do que era, no século passado, a proporção de brasileiras matemáticas na produção de conhecimento: segundo um levantamento feito pela empresa de publicações científicas Elsevier, entre 1996 e 2000, 18,9% dos nomes de cientistas que publicavam artigos sobre matemática já eram de mulheres. Entre 2011 e 2015, esse número subiu para 25,8%.
Neste sábado (27) e domingo (28), quase 500 pesquisadoras e pesquisadores se reúnem no Rio de Janeiro no Encontro Brasileiro de Mulheres Matemáticas, para debater como reduzir a disparidade de gênero atual na pesquisa da área.