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EMPRESÁRIOS NÃO VEEM INDÚSTRIA COMO INOVADORA, DIZ CNI

Redação - 23/07/2019 14:22

Um em cada três empreendedores acredita que a indústria brasileira precisa de um salto nos próximos cinco anos. Relatório da OECD aponta o uso de tecnologias digitais como megatendência mundial. O alto custo da inovação e a falta de financiamento são os principais motivos pelos quais 49% dos empresários consideram o grau de inovação da indústria brasileira baixo ou muito baixo, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Apenas 6% dos entrevistados consideram inovadora a atividade industrial brasileira. Na pesquisa, foram ouvidos CEOs, presidentes e vice-presidentes de 100 indústrias, das quais 40 são de grande porte e as demais pequenas e médias. No ranking dos fatores que mais dificultam a inovação no país, estão, além do alto custo da inovação e a da falta de financiamento (28%), também a burocracia e a regulamentação excessiva (27%) e o baixo nível de educação e qualificação da mão de obra (18%).

Apesar de verem o Brasil como pouco inovador no cenário atual, empreendedores industriais têm expectativas positivas, ainda segundo o levantamento: um em cada três empresários acredita que a indústria precisa de um salto nos próximos cinco anos. Marcelo Miranda, especialista em automação industrial, explica que essa mudança é primordial para posicionar o Brasil economicamente.

“Principalmente por necessidade, os passos (hoje tímidos) da indústria 4.0 no Brasil precisam ser mais largos. O maior risco que corremos, e no qual já incorremos, é a perda de competitividade no cenário mundial. Temos que ser competitivos e estar em fase com o mundo”, afirma o empresário, CEO da Accede Automação Industrial. Os empresários brasileiros já reconhecem que o caminho da inovação e tecnologia é o que pode trazer grande impulso para o desenvolvimento industrial e o aumento da lucratividade. Ainda de acordo com a pesquisa da CNI, para 44% dos executivos, as atividades de inovação respondem por mais de 20% do faturamento de suas empresas.

Com mais de 30 anos no segmento, Miranda reconhece que “hoje, fala-se muito mais a respeito de indústria 4.0 e as instituições começam a desempenhar seu papel. Aos empresários, como parte de sua missão, cabe situar-se e entender onde seus atuais modelos de negócios serão (ou já estão sendo) impactados, e garantir a adequação exigida por essa mudança”.

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